172 indígenas venezuelanos da etnia warao estão sendo transferidos desde ontem (14) para um novo abrigo em um sítio no bairro Tarumã- Açu, zona Oeste de Manaus. Nesse primeiro momento, as 35 famílias transferidas foram as que estavam abrigadas nos dois espaços de acolhimento provisório no bairro da Compensa e no bairro do São Jorge, ambos também na zona Oeste.
A mudança faz parte do plano de desmobilização gradativa do período emergencial da pandemia de Covid-19, coordenado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) da Prefeitura da Capital. Cinco espaços de acolhimento provisórios e uma área de isolamento para indígenas warao foram implantados como medida emergencial, para evitar o avanço da doença na população vulnerável de refugiados. Serão dois novos espaços localizados no mesmo bairro do Tarumã-Açu, para atender os indígenas venezuelanos.
O abrigo tem uma área de seis mil metros quadrados e contará com três redários, 22 banheiros, refeitório para 120 pessoas sentadas, quadra de esporte, cisterna de 200 mil litros para abastecimento, salão de reunião para 200 pessoas sentadas e prédio com área administrativa – sala de escuta qualificada, atendimento psicossocial, sala de coordenação, sala de reunião e sala compartilhada entre os parceiros. O espaço está localizado em uma área verde com local para organização comunitária das mulheres waraos artesãs.
Conheça nossos serviços
– Mentorias
– Media Training
– Digital Influencer
– Cerimonialista
– Produção de Vídeos
– Curso – Método da Rosa
A ação conta com apoio de agências das Nações Unidas, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur); a Organização Internacional para Migrações (OIM); o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); e o Fundo de Populações das Nações Unidas (Unfpa). Apoiaram, também, instituições da sociedade civil, como o Instituto Mana, ADRA e Aldeias Infantis SOS.
“Dentro desse contexto de deslocamento e pandemia de Covid-19, a Acnur tem trabalhado para assegurar que todos os refugiados possam ter o acolhimento adequado. Além de proporcionar condições adequadas de abrigamento para a população indígena, o novo abrigo contribui para o resgate da coletividade e valorização da cultura warao, por meio de espaços amplos e do contato com a biodiversidade da região”, explica a assistente sênior de proteção da Acnur, Juliana Serra.
Até o final do mês será realizada uma nova ação de desmobilização gradativa, visando respeitar as recomendações do Ministério da Cidadania (MC) quanto a esse processo, garantindo os direitos sociais e reduzindo os riscos de contágio pelo novo coronavírus.
*Assessoria