A jornalista Renata Capucci revelou que foi diagnosticado com Parkinson aos 45 anos. Atualmente, ela tem 49.
A doença degenerativa é bem mais comum em idosos, mas um percentual de 10% a 15% dos casos ocorre em pessoas com menos de 50 anos.
O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, caracterizada por alterar os movimentos, provocando tremor, rigidez dos músculos, lentidão nos movimentos e desequilíbrio.
A entrevista dela foi divulgada no podcast Isso é Fantástico, que foi ao ar neste domingo (26/06).
“Pensei muito sobre este momento. Sabia que ele iria chegar e que vinha na hora certa, quando eu me sentisse exatamente como eu me sinto hoje: forte, confiante e feliz. Não é fácil. Mas não é o fim. Te convido a vencer o preconceito e a desinformação sobre essa e outras doenças neurodegenerativas que acometem tanta gente – como eu – no nosso podcast Isso é Fantástico“, contou Renata. O episódio ainda fala com a atriz Guta Stresser, que esta semana revelou que foi diagnosticada com esclerose múltipla.
“Chegou a minha hora, chegou a minha vez de me libertar. Porque viver com esse segredo é ruim. Você se sente vivendo uma vida fake, porque parte de você é de um jeito e você fica escondendo a outra parte de outras pessoas, no meu caso a maioria das pessoas, porque eu sou uma pessoa pública. Eu fui diagnosticada com doença de Parkinson em outubro de 2018, quando eu tinha 45 anos. Hoje, eu tenho 49”, contou ela, que percebeu os primeiros sintomas durante as graavções do programa Popstar, em que foi finalista da competição.
“Eu estava no meio do programa Popstar, que eu participei, que eu cantava. Eu comecei com o diagnóstico um pouquinho antes. Eu comecei a mancar e as pessoas falavam para mim: ‘Por que você está mancando, Renata?’. E eu falava: ‘Eu não estou mancando’. Eu não percebia que eu estava mancando. Aí fui fazer fisioterapia, osteopatia e a coisa não mudou. E aí em um dado momento, no meio do Popstar, depois do sexto programa, eu estava em casa e o meu braço subiu sozinho, enrijecido. E o meu marido que é médico, logo depois do programa, me levou para um hospital que tinha emergência neurológica e eu fui diagnosticada com Parkinson. Aquilo caiu como uma bigorna em cima da minha cabeça.”
Renata disse que tem que cuidar da própria saúde e que encara a doença de frente. “Só que eu estou aqui para dizer isso para vocês, para quem está ouvindo o podcast, porque eu estou viva. Quatro anos depois, eu estou bem, eu sou feliz. Eu não quero virar mártir. Eu não quero que tenham pena de mim. Ao contrário, eu tenho orgulho da minha trajetória. Eu tenho orgulho da maneira como eu encaro essa doença, porque eu encaro ela de frente hoje. Já passei por todas as fases, da depressão, da negação. Hoje, eu estou na fase cinco que eu olho essa doença de frente e eu falo assim: ‘Senhor Parkinson, eu tenho você, você não me tem’. Eu faço tudo o que eu posso de exercício, de remédio e eu tenho uma vida positiva. Eu me sinto feliz, apesar de tudo. Eu não sou café com leite por ter doença de Parkinson, eu faço todas as matérias. Não me sinto diminuída.”