O Banco do Brasil está pronto para ser privatizado, afirma o ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, que atuou diretamente na maior mudança do banco, quando estava no governo nos anos 1980. Segundo ele, a transferência do governo para a iniciativa privada da segunda maior instituição financeira do país por ativos faria bem ao banco e ao setor público.
O problema, diz o hoje sócio da Tendências Consultoria, é que essa privatização vai enfrentar uma grande resistência política. Afinal, a venda do controle do banco precisa de aprovação de lei no Congresso. E isso demanda articulação política do governo, algo que não existe, diz o economista.
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Maílson da Nóbrega é um dos maiores conhecedores do Banco do Brasil. Foi lá que começou uma longa carreira, tendo entrado na instituição financeira aos 20 anos. Aos 35 anos, em 1977, ainda funcionário do BB, já atuava nos ministérios que criaram as regras de intervenção do Estado na economia brasileira.
Entre 1983 e 1984, liderou os estudos que resultaram em profundas transformações no Banco do Brasil com reflexos na própria organização da economia brasileira. Antes dos anos 1980, era o Banco do Brasil que fazia os papéis que hoje são do Tesouro Nacional e do Banco Central, gerindo os recursos do governo federal, fiscalizando e controlando o volume de dinheiro no setor financeiro.
Ministro da Fazenda entre janeiro de 1988 e março de 1990, um dos períodos mais difíceis da economia brasileira, Maílson da Nóbrega foi eleito em 2013 Economista do Ano, pela Ordem dos Economistas do Brasil e, em 2017, tornou-se membro da Academia Internacional de Direito e Economia.