Bolsa recua 1,4% e dólar cai a R$ 5,18 e taxa Selic sobe para 5,25%

Foto: Marcelo Casal /Agência Brasil
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Vindo de duas recuperações moderadas após a queda de 3% na sexta, a Bolsa brasileira (B3) voltou a terreno negativo nesta quarta-feira,(0 4/08), em baixa de 1,44%, aos 121.801,21 pontos, com a atenção voltada para a decisão e o tom do comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central sobre o futuro da Selic, taxa básica de juros da economia do País. Já o dólar caiu 0,13%, cotado a R$ 5,1858.

As perdas chegaram a ser relativamente mitigadas à tarde pela indicação, por fontes, de que a equipe econômica não trabalha com aumento do Bolsa Família a R$ 400, valor mantido em cima da mesa pelo presidente Jair Bolsonaro em entrevista, mais cedo, a uma rádio do Nordeste, ocasião em que mencionou também a possibilidade de concessão de subsídio para que os beneficiários do programa social adquiram um botijão de gás a cada dois meses.

Ao final do dia, porém, incerteza ante a Selic foi o mote para que os investidores devolvessem toda a recuperação observada nesta primeira semana de agosto, limitando os ganhos do ano a 2,34%. O dia foi também de acomodação em Wall Street, com Dow Jones e S&P 500 em baixa.

E já no inicio da noite veio a confirmação pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central  que elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 4,25% para 5,25% ao ano.

O aumento de um ponto percentual já era esperado por parte dos analistas do mercado financeiro, que estimam a taxa em 7% ao final deste ano. Esta foi a quarta elevação consecutiva da taxa em 2021.

Em março, quando o Copom decidiu elevar a taxa pela primeira vez em quase seis anos, a Selic passou de 2% para 2,75% ao ano. Em maio, subiu de novo, para 3,5%. E em junho, passou para 4,25%.

Câmbio

Em um dia marcado por muita volatilidade e expectativa pela decisão do Copom, o dólar trocou de sinal algumas vezes ao longo do pregão, à medida que investidores assimilavam dados da economia americana e monitoravam o noticiário político doméstico carregado, com especulações sobre o tamanho do reajuste do Bolsa Família e o andamento da reforma do Imposto de Renda.

Operadores afirmam que o mercado segue muito sensível à questão fiscal, que acaba preponderando na formação da taxa de câmbio, a despeito da influência vinda do exterior. Mesmo com a moeda americana em alta na comparação com divisas emergentes pares do real, como o rand sul-africano e o peso mexicano, o dólar perdeu força por aqui à tarde. Nos três primeiros pregões de agosto, a moeda americana acumula recuo de 0,46%. A moeda para setembro caiu 0,63%.

“O mercado está exigindo mais muito por conta da questão fiscal, especialmente com essa questão do Bolsa Família. O presidente está atrás nas pesquisas [para as eleições de 2022] e quer recuperar a popularidade com programas sociais, mas não se sabe de onde vai vir o dinheiro”, afirma Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora.

Lá fora, o DXY – que mede o desempenho do dólar em relação a seis moedas fortes – subia 0,21%, na casa de 92,200 pontos, em dia de pouco apetite por risco. A moeda americana também avançava na comparação com as principais divisas emergentes e de países exportadores de commodities. O movimento é motivado pelo apoio de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ao corte antecipado das medidas de estímulos adotadas na pandemia.

Estadão

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