O recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Decotelli, não chegou a completar uma semana no cargo. Na tarde desta terca-feira, Decotelli entregou uma carta deixando o cargo depois de um a série de denúncias sobre sua formação acadêmica. A última, foi a da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que negou que ele teria sido professor da instituição, como Decotelli havia colocado em seu currículo.
Desde que foi nomeado, as informações do economista Carlos Decotelli na Plataforma Lattes, que registra as atividades acadêmicas de professores e pesquisadores no Brasil, começaram a ser contestadas. Decotelli foi acusado de plágio em tese de mestrado e teve negada a informação de que tinha doutorado pela Universidade Nacional de Rosario (Argentina).
A saída desta terça, por meio de uma carta de entrega do cargo de Decotelli foi a forma mais “honrosa” do Governo anunciar mais um ministro da educação na Administração Bolsonaro. Carlos Decotelli, oficial de reserva da Marinha, foi , mesmo que em tempo recorde , o terceiro no comando do MEC no atual governo, depois das demissões de Abraham Weintraub e de Ricardo Vélez.
O presidente Jair Bolsonaro estaria analisando uma lista de possíveis nomes para pasta que precisa com urgência solucionar problemas como a nova data do Enem e a votação do Fundeb , o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. O Fundeb tem vigência só até o fim deste ano e corresponde a aproximadamente 63% dos recursos para financiamento da educação básica pública no Brasil. Ele precisa de uma proposta do Ministério da Educação formalizada para ser votado no Congresso Nacional