Crescimento mundial será menor que esperado em 2021, prevê FMI

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse nesta terça-feira, 5 de outubro de 2020, que a inflação e a desigualdade prejudicam recuperação da economia global após o impacto da Covid-19. Fabrice Coffrini AFP/Archivos
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A inflação e a desigualdade prejudicam recuperação da economia global após o impacto da Covid-19. Em um contexto de aumento de preços, elevado endividamento e recuperações desiguais entre nações ricas e pobres, o crescimento econômico mundial será menor do que o inicialmente previsto advertiu nesta terça-feira (5) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.

Georgieva destacou que vários fatores pesam na recuperação da economia global, do aumento dos preços dos alimentos até o acesso desigual às vacinas anticovid. “Enfrentamos uma recuperação mundial que permanece ‘afetada’ pela pandemia e seu impacto. Não podemos avançar adequadamente”, declarou a diretora-gerente, em um discurso feito para a Universidade Bocconi, em Milão, publicado pelo FMI.

As novas previsões de crescimento serão divulgadas pela entidade na próxima semana, mas segundo Georgieva haverá uma “leve moderação” do resultado em relação à previsão de 6% de alta para 2021 anunciada em julho.

“As pedras em nossos sapatos ficaram mais dolorosas”, expressou, ao destacar “riscos e obstáculos mais importantes”, que incluem uma disparidade cada vez maior entre países ricos e pobres nas trajetórias de recuperação após a pandemia. “Projetamos que a produção nas economias avançadas retome as tendências pré-pandemia em 2022. Mas a maioria dos países emergentes e em desenvolvimento devem demorar muitos anos mais para se recuperar”, alertou Georgieva.

“Com esta recuperação lenta, será ainda mais difícil evitar as cicatrizes econômicas a longo prazo, incluindo as perdas de emprego, que afetam especialmente os jovens, as mulheres e os trabalhadores informais”, disse.

Reunião anual do FMI e Banco Mundial

Durante a reunião anual do FMI e do Banco Mundial na próxima semana, o Fundo divulgará o relatório “Perspectiva da Economia Mundial” (WEO em inglês), que apresenta as previsões de crescimento econômico e outros índices. Desde a última atualização das previsões em julho, o conjunto de ferramentas do organismo para enfrentar as crises globais foi muito ampliado, com um aumento de US$ 650 bilhões em reservas para os países membros, conhecido como Direitos Especiais de Crédito.

Cerca de US$ 275 bilhões dessas reservas foram destinados a nações emergentes e em desenvolvimento. Georgieva pediu aos países que não precisam da ajuda que a repassem para os programas de combate à pobreza do organismo.

Em seu discurso em Milão, a diretora do FMI destacou que a recuperação global corre o risco de desvio. Ela afirmou que Estados Unidos e China, as duas maiores potências mundiais, continuam a impulsionar o crescimento. Algumas economias avançadas, incluindo as europeias, continuam ganhando força.

“Porém, em muitos outros países, o crescimento continua piorando, prejudicado por um acesso reduzido às vacinas e uma resposta política limitada, especialmente em algumas nações de baixa renda”, explicou Georgieva, acrescentando que este fenômeno “está se tornando mais persistente”.

Inflação

Uma das razões das dificuldades é a inflação, que disparou em todo o mundo. Os preços dos alimentos aumentaram 30% no ano passado. Os preços da energia também registraram alta. Além disso, a dívida pública mundial alcançou quase 100% do Produto Interno Bruto (PIB).

Para superar essa situação, serão necessárias medidas que incluem aumentar a disponibilidade das vacinas contra a Covid-19. Por isso, Georgieva pede “um maior impulso” para cumprir com a meta máxima do FMI e do Banco Mundial de 40% de vacinação em todo o mundo até o fim do ano e de 70% até o fim de 2022.

Ela também pediu que os países aproveitem a oportunidade para fazer reformas econômicas destinadas a reduzir as emissões de carbono, desenvolver a infraestrutura digital e estabelecer um imposto mínimo global para frear a transferência dos impostos, fazendo com que as multinacionais paguem tributos onde atuam.

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