Dia do índio: línguas estão se extinguindo e pouco tem sido feito para evitar

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Pouco lembrado e pouquíssimo comemorado, o Dia do Índio passa quase batido nas agendas nacionais de uma sexta-feira santa.  O dia 19 de abril foi escolhido como o Dia do índio por ocasião de um Congresso Indigenista Interamericano, realizado em Patzcuaro no México em 1940.
No Brasil, segundo o censo do IBGE de 2010, são 817,9 mil indígenas que pertencem a 305 etnias.  O número representar somente 10% do total de índios que existiam aqui em 1500, na época do descobrimento. Na região Amazônica estão o maior número de índios, cerca de 306 mil segundo o IBGE. Os Tikúna estão em maior número 46 mil índios. E em território, o maior é dos Yanomamis aqui no Amazonas.
Este ano , a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) celebra o Ano Internacional das Línguas Indígenas. No Brasil, eles falam 274 línguas diferentes. Só no Amazonas são 53 línguas faladas.
O país tem dois troncos linguísticos quando se fala de línguas indígenas: o tupi, que abriga 10 famílias linguísticas, e o macro-jê, constituído por 9 famílias.
Do descobrimento para cá, pelo menos mil idiomas foram extintos no Brasil. Segundo o Atlas das Línguas em Perigo da Unesco, divulgado em 2017, hoje são 190 línguas indígenas brasileiras em risco de extinção. 12 já são consideradas extintas pela organização, já que não possuem mais nenhum falante vivo.
Para preservar, registrar e ajudar esses idiomas a sobreviverem, alguns projetos são realizados por iniciativa de universidades, museus (como o Museu do Índio) e organizações , são poucos mas há esperança de que nossa história original não se perca. Que nossa identidade não se extinga junto com as línguas indígenas!
Veja abaixo as 10 línguas indígenas mais faladas no Brasil :

  1. Tikúna (Tukúna)
    Família linguística: Tikúna
    Tronco linguístico: –
    UF: Amazonas
    Número de falantes: 30 mil
  2. Kaingáng (Caingague)
    Família linguística: Jê
    Tronco linguístico: Macro-Jê
    UF: Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo
    Número de falantes: 28 mil
  3. Makuxí
    Família linguística: Karíb
    Tronco linguístico: –
    UF: Roraima
    Número de falantes: 23.500
  4. Teréna
    Família linguística: Aruák
    Tronco linguístico: –
    UF: Mato Grosso do Sul
    Número de falantes: 20 mil
  5. Guajajára (Tenetehára)
    Família linguística: Tupí-Guaraní
    Tronco linguístico: Tupí
    UF: Maranhão
    Número de falantes: 19.500
  6. Yanomámi
    Família linguística: Yanomámi
    Tronco linguístico: –
    UF: Roraima
    Número de falantes: 15.700
  7. Língua Geral Amazônica (Nheengatú)
    Família linguística: (falada pelos Baré, Baníwa e outros povos no NW do Amazonas
    Tronco linguístico: –
    UF: Amazonas
    Número de falantes: 15 mil
  8. Xavánte (A’wén)
    Família linguística: Jê
    Tronco linguístico: Macro-Jê
    UF: Mato Grosso
    Número de falantes: 12.900
  9. Mundurukú
    Família linguística: Mundurukú
    Tronco linguístico: Tupi
    UF: Pará
    Número de falantes: 10 mil
  10. Kokáma (Omágua, Cambeba)
    Família linguística: mista
    Tronco linguístico: –
    UF: Amazonas
    Número de falantes: 9.500

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