Dinamarca desiste de usar vacina da AstraZeneca

O país é o único até agora a anunciar tal medida
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A Dinamarca decidiu encerrar totalmente o uso da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19, por causa de acidentes vasculares graves –ainda que raros– ligados ao imunizante. O país é o único até agora a anunciar tal medida.

Apesar da decisão, a chefe de unidade da Agência Dinamarquesa de Medicamentos, Tanja Erichsen, afirmou em entrevista que concorda com a avaliação da EMA (Agência Europeia de Medicamentos) de que a vacina tem mais vantagens do que desvantagens.

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O órgão regulador reforçou seu endosso ao imunizante da AstraZeneca argumentando que o risco de morte por efeito colateral é mínimo, e a chance de morrer ou ficar com sequelas graves por Covid-19 é muitas vezes maior –uma avaliação repetida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e cientistas em vários países.

No Reino Unido, país europeu que já imunizou mais de 60% dos adultos, o Winton Center para a Comunicação de Riscos e Evidências divulgou gráficos para aumentar a confiança da população, comparando os problemas sérios que a vacina da AstraZeneca evita e os que pode provocar, por faixa etária.

Os cálculos partem de uma taxa de infecção semelhante à do Reino Unido, em torno de 20 casos por 100 mil habitantes –quanto maior a contaminação, mais benefícios tem a vacina em relação aos riscos causados.

Numa situação de pandemia mais controlada, como a britânica, o número de pessoas que evitam uma internação em UTI por terem sido imunizadas só não supera o dos que podem ter alguma reação grave à vacina nos jovens até 29 anos. Com base nessa análise, o governo britânico decidiu não vacinar pessoas de até 30 anos com a AstraZeneca, no que foi seguido pela Grécia.

O estudo mostra que o imunizante provoca ao menos o triplo de benefícios em relação aos riscos nos que têm 30 anos, e a diferença chega a 10 vezes na faixa dos 40 anos e a 70 vezes para os maiores de 60 anos. A escala é ainda maior em países com alta taxa de contaminação.

Apesar dos números, em outros 11 países europeus além da Dinamarca a administração do produto foi restrita a idades mais altas, e a Itália orientou para que ela fosse evitada nos que têm menos de 60 anos.

“É uma decisão difícil em meio a uma epidemia descartar uma vacina eficaz e acessível contra Covid-19. Mas temos outras disponíveis e um bom controle da epidemia”, afirmou em comunicado o diretor do Conselho Nacional de Saúde da Dinamarca, Soren Brostrom.

O país continuará sua campanha de vacinação com as cerca de 120 mil doses de vacinas da Pfizer/BioNTech e Moderna, mas sua meta para concluir a proteção de todos os com mais de 50 anos deve ser atrasada em três semanas, para o início de junho.
A imunização de todos os maiores de 16 anos agora é prevista para a primeira semana de agosto, um adiamento de duas semanas em relação aos planos anteriores.

Segundo dados do centro de controle de doenças europeus (ECDC) atualizados nesta quarta-feira (14), a Dinamarca ainda tem cerca de 50 mil doses de AstraZeneca, das pouco mais de 200 mil recebidas.

Os cerca de 150 mil habitantes que receberam uma primeira dose de AstraZeneca tomarão outro imunizante na segunda dose, segundo o Conselho Nacional de Saúde.

No mesmo dia em que sofreu o revés na Dinamarca, a vacina da AstraZeneca recebeu uma boa avaliação em estudo preliminar do Consórcio de Imunologia de Coronavírus do Reino Unido e da Universidade de Birmingham.

Na primeira comparação direta entre o imunizante com o fabricado pela Pfizer, os cientistas afirmam que a AstraZeneca induziu uma resposta imune celular mais forte em adultos idosos, potencialmente fornecendo mais proteção contra Covid-19 grave e novas variantes do vírus .

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Ambas as injeções provocaram uma resposta de anticorpos no grupo de maiores de 80 anos de cinco a seis semanas após a primeira dose, mas os que receberam a AstraZeneca tinham resposta mais forte de células T, que integram o sistema de defesa.

Cientistas acreditam que essas estruturas sejam relevantes para combater variantes, porque tendem a ser menos enganadas pelas coronavírus mutantes, em relação aos anticorpos.

As respostas das células T foram relatadas em 31% dos vacinados com AstraZeneca e em 12% dos que receberam uma dose de Pfizer. Segundo os autores, as taxas podem aumentar após a segunda dose.

No Brasil, em que a vacina da AstraZeneca também é usada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a inclusão na bula de advertência sobre possíveis casos muito raros de formação de coágulos sanguíneos.

A agência brasileira manteve a recomendação do imunizante sem restrições de idade, “uma vez que, até o momento, os benefícios superam os riscos”.

Dentre 4 milhões de doses aplicadas da vacina de Oxford no país até a semana passada, foram registrados 47 casos suspeitos de eventos adversos tromboembólicos, sendo apenas um associado à trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas, que são fragmentos de células que ajudam a coagular o sangue).

Não há comprovação, segundo a Anvisa, de que esses casos tenham relação com o uso da vacina. “Também não foram identificados fatores de risco específicos para a ocorrência do evento adverso”, informa.

Fonte: Folhapress

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