Dois exemplos Indígenas na educação mudam perspectivas de trabalhos com as tribos

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Um aluno indígena  vem aplicando técnicas de engenharia ao ritual da Tucandeira. Rucian da Silva Vilacio que é aluno de Engenharia de Produção da EUA está mapeando as estruturas do rito da tribo, desde a busca pela formiga até a recepção de quem chega para assistir à cerimônia. Os diálogos para o estudo, ele explica, estão pautados na etnografia, a partir dos conhecimentos tradicionais.
“O povo Sateré Mawé faz isso há mais de 400 anos, e fazíamos esse ritual sem mensurar, sem compreender o motivo de tais procedimentos. Hoje levamos a engenharia para a aldeia para analisar e destrinchar o uso dos materiais de uma maneira mensurável, quantificando até o tempo necessário para a exposição do rito como um produto cultural”, afirma ele.
No mês de julho, o indígena defenderá, em Brasília, um artigo intitulado “Watyama Waku” que significa “obrigado tucandeira”. “Remete ao agradecimento da etnia Sateré Mawé pela inspiração, amor e respeito pela espiritualidade que estão ligados a elementos tradicionais como a formiga e o guaraná”.
 

Outra iniciativa divulgada nesta sexta, dia do índio,  é o lançamento da obra “Canumã: A travessia”, Ytanajé decidiu dar voz aos povos que habitam a aldeia Kwatá, em Borba, misturando ficção com lembranças da infância na região do professor da rede pública estadual, o indígena munduruku Ytanajé Coelho Cardoso.  Publicado pela Editora Valer, o livro surgiu a partir das pesquisas de graduação de Ytanajé, ainda em 2014, e foi lançado esta semana na programação do Abril Indígena da UEA.
O educador, que hoje é professor na Escola Estadual José Bernardino Lindoso, conseguiu inserir no romance a língua ancestral do povo Munduruku. “Ester Cardoso, moradora do rio Canumã e que celebrou 100 anos de vida na semana passada, é uma das poucas a falar a língua de sua tribo no Amazonas. Tudo isso tem se perdido ao longo do tempo e não tem sido documento como deveria”, relata.
 
No romance, a busca por uma vida melhor norteia a história de uma família Munduruku que vive na aldeia Kwatá e se vê obrigada a mudar para a sede do município. “Antes de saírem, entretanto, eles ouvem muitas lembranças de seus próprios avós (anciões). São eles os verdadeiros contadores de histórias das comunidades – o que não veremos mais depois que eles morrerem”, resumiu o professor de Língua Portuguesa.
“Canumã: A travessia” custa R$ 49 e pode ser adquirido também com pagamento em cartão de crédito.

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