O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a negar nesta sexta-feira, 9, atrito com o Congresso no debate sobre o orçamento deste ano e exaltou a coalizão “centro-direita”. Guedes classifica a polêmica como “um barulho” e destaca que os problemas serão corrigidos. Na avaliação dele, um “cheque em branco” para gastar 8% do PIB acabaria com o país e o deputado Arthur Lira é o que menos errou no processo.
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O orçamento, aprovado em março, destina mais recursos a emendas parlamentares e coloca em risco execuções de gastos federais. O texto vem gerando impasse entre o governo e o congresso, inclusive, com possibilidade de vetos. O ministro da Economia também admitiu que “certamente” houve erro da equipe econômica nas negociações, mas a situação com o parlamento está evoluindo.
“Dentro de uma informação tem um sinal e um barulho. É a primeira vez que o nosso governo elabora um orçamento junto com o Congresso. O grande trabalho é como é que encaixa esse apoio parlamentar. Vamos ser claros: essas eleições de 2018 colocaram a centro-direita na presidência da República e no comando de alguns estados, mas essa aliança política não tinha chegado ao comando da Câmara ainda, e ao comando do Congresso. Agora chegou”, pontuou.
O ministro criticou, sem citar nomes, que ações de “ministro fura teto” em torno do orçamento colocam em risco o grupo inteiro. Sobre as contas, Guedes afirmou que o governo está “espremido”: tem o piso que não para de subir, mas o teto de gastos continua parado. Em evento promovido pelo banco Bradesco, Paulo Guedes reiterou que só a vacinação em massa fará o Brasil voltar a crescer.
“A melhor política fiscal que pode ter hoje para fazer é a vacinação em massa. É a melhor política social, é a melhor política sanitária, é a melhor política fiscal, é a melhor política para reativar a economia”, afirmou, lembrando do compromisso do país de vacinar um milhão de pessoas por dia. O ministro espera que toda população brasileira acima de 50 anos esteja imunizada dentro de 3 ou 4 anos e se posicionou como favorável à compra de vacinas pelas empresas.
Ainda nesta sexta, consultorias da Câmara e do Senado publicaram notas técnicas defendendo que o presidente Jair Bolsonaro sancione a Lei Orçamentária Anual de 2021, mesmo o texto sendo considerado inviável por especialistas e até pela equipe econômica do governo. As notas dizem que é preciso corrigir “distorções” no orçamento, mas não dizem que sua sanção representa um crime de responsabilidade.
Fonte: Jovem Pan
*Com informações do repórter Fernando Martins