Interpol é acionada depois de golpe de criptomoeda inspirada em Round 6

Foto: divulgação - NETFLIX
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A onda de popularidade mundial do seriado Round 6, produção da plataforma de streaming Netflix, inspirou a criação de uma criptomoeda que provocou rombo milionário nas contas de investidores. Milhares de operadores de mercado que apostaram no ativo viram o dinheiro evaporar em poucos dias, após um golpe financeiro. No Distrito Federal, pelo menos 10 pessoas amargaram prejuízos.

A Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil do DF (PCDF), foi procurada por investidores preocupados em tentar reaver as quantias perdidas. A criptomoeda que atraiu brasilienses e pessoas ao redor do mundo chamava-se Squid (referência ao nome do seriado, Squid Game, em inglês). A pré-venda do ativo começou em 20 de outubro, e as cotas se esgotaram em alguns segundos.

Cada fração da moeda digital chegou a valer US$ 2.861 (R$ 16,2 mil) antes de cair para US$ 0. A desvalorização gigantesca ocorreu após os US$ 3,36 milhões investidos na moeda terem sido retirados por seus criadores. O pool de liquidez na bolsa desapareceu em instantes. Em minutos, a Squid estava quase sem valor, sendo negociada a um centavo.

Investimento furado
Entre as vítimas brasilienses, está uma analista especializada em tecnologia da informação. Sem se identificar, a mulher concordou em revelar como comprou cotas da Squid. “Por meio de um site de investimentos especializado em criptoativos, no qual era possível ver as moedas recentemente lançadas. Logo, há um movimento para comprar e esperar a valorização”, explicou.

A analista detalhou que seu prejuízo não foi tão grande, pois investiu, de forma cautelosa, apenas R$ 250. “Em 24 horas, a moeda já valia 1 dólar e subiu exponencialmente em poucos dias”, lembrou. Por outro lado, investidores mais arrojados sofreram um tombo maior.

Outra pessoa resolveu comprar US$ 300 da Squid quando o ativo valia cerca de US$ 0,90. Em 31 de outubro, a quantia inicial se transformou em US$ 200 mil. Quando a moeda atingiu o pico, de US$ 2.861, a vítima do golpe viu seu investimento passar a valer quase US$ 1 milhão. Quando os criadores da criptomoeda retiraram todo o dinheiro dos investidores, a Squid afundou tão rapidamente quanto a sua valorização meteórica.

O golpe, segundo os operadores de mercado financeiro, é chamado de “puxada de tapete”. Isso significa que os criadores da criptomoeda sacam suas cotas em troca de dinheiro real, desvalorizando rapidamente o valor do ativo digital. A investidora brasiliense percebeu o esquema quando começou a ler, em grupo no Telegram e no Twitter, relatos de que era impossível vender a moeda.

Sobre os métodos de segurança e formas de se resguardar durante a compra de criptomoedas, um dos delegados da DRCC, Dário de Freitas Júnior, explica que é importante o investidor ter em mente a volatilidade dos ativos, ou seja, que ele não se mantém alto para sempre. “Como qualquer outro ativo, há riscos. É possível oscilações de 10% ou mais em um único dia”, assinalou o investigador.

O delegado ressaltou a importância de pesquisar quais corretoras são confiáveis e saber se atuam com seriedade. “Recomenda-se que o investidor comece a aplicar pouco, uma quantia que não lhe fará falta, apenas para entender como funciona, conhecer as corretoras, as funcionalidades e entender o impacto da volatilidade em seu investimento.”

Além disso, explica Freitas, os estelionatários se utilizam do nome de criptomoedas mais conhecidas, como o Bitcoin, devido à falta de controle e ao baixo conhecimento da maioria das pessoas, para prometer rentabilidades absurdas ou propor o aluguel da criptomoeda.

 

 

 

 

Metrópoles*

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