Julho Amarelo: campanha alerta sobre câncer ósseo

Foto: Divulgação
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Segundo dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), o tumor ósseo representa 1% das patologias oncológicas no Brasil e 10% dos pacientes com câncer acabam apresentando metástase óssea. Seguindo o calendário de campanhas da saúde, o Julho Amarelo foi escolhido para conscientizar a população sobre o câncer nos ossos e a importância do diagnóstico precoce para um tratamento mais eficaz.
De acordo com o Oncologista Ortopédico do Hapvida Saúde, Rodrigo Polo, os tumores ósseos são neoplasias que podem se apresentar em qualquer osso do corpo humano e são divididas em tumores benignos e malignos.
“Apesar de qualquer osso poder ser afetado, os tumores ósseos ocorrem mais nas vértebras, costelas, ossos da bacia, fêmur, tíbia e úmero, dependendo ainda do tipo de tumor. Em geral, são caracterizados por dor, aumento de volume local e limitação funcional”, explica.
Diagnóstico
O Oncologista Ortopédico destaca que o diagnóstico pode ser feito por exames de imagem e por exame anatomopatológico, que consiste na avaliação macro e microscópica de células e tecidos de biópsia realizada por um médico. Para alguns tumores benignos, o médico afirma que um simples exame de Raio X é suficiente para o diagnóstico. Já nos tumores mais agressivos, a realização de biópsia é essencial. Além de exames de tomografia, ressonância magnética e cintilografia óssea.
“A cintilografia óssea é muito solicitada nos tumores malignos primários e principalmente nos tumores metastáticos. O Pet-CT ainda tem uma indicação limitada nos tumores ósseos primários, sendo mais utilizado nos tumores metastáticos”, afirma Rodrigo Polo.
Ele esclarece também que os pacientes com algum diagnóstico de câncer, principalmente nos casos de mama, pulmão e próstata, devem ficar atentos a qualquer tipo de dor. Haja vista que esses três tumores são os que mais ocasionam metástases para o osso.
Classificação
Os tumores podem ser divididos em primários, que surgem no próprio osso e não tem nenhuma causa existente, ou pode ser um tumor secundário a outra doença, nesse caso os tumores metastáticos.
“A incidência do câncer ósseo primário sempre foi considerada baixa quando comparada aos outros tipos de câncer, ficando em torno de 1%. Já os pacientes que desenvolvem metástase óssea, a incidência é maior que 10%, uma vez que muitos pacientes acabam não sendo investigados. Considerando alguns tipos específicos, como mama e próstata, esse número aumentou bastante”, declara o Oncologista Ortopédico.
Ainda de acordo com o médico, na década de 80, um autor chamado Jaffe publicou um trabalho onde mostrava que 70% dos pacientes que morriam de câncer apresentavam metástase óssea. Rodrigo afirma que tumores do sistema gastrointestinal, como estômago e intestino, por exemplo, possuem uma incidência baixa de metástase óssea.
Sintomas e Tratamento
O especialista esclarece que geralmente os principais sintomas são dor e aumento de volume local afetado. “No caso de tumores malignos, o crescimento é mais rápido e o aumento de volume local ocorre em menos de 3 meses. Os tumores benignos possuem uma sintomatologia mais silenciosa e arrastada”, garante Rodrigo Polo.
Além disso, ele alerta que existem tumores ósseos benignos que são silenciosos e não causam sintomas, sendo descobertos ao acaso quando o paciente realiza algum exame de imagem.
Quanto aos tumores ósseos malignos, ele afirma que podem ser curáveis, mas dependem de um diagnóstico precoce e boa resposta ao tratamento. “Nesses tipos de tumores ocorre com frequência a disseminação da doença principalmente para os pulmões. A resposta ao tratamento de quimioterapia é importante tanto para podermos salvar o membro afetado, evitando uma cirurgia de amputação, quanto para evitar a disseminação da doença”, esclarece o médico.
Ele enfatiza, ainda, que no caso de pacientes com tumores ósseos metastáticos, o prognóstico do paciente é bastante reservado, uma vez que já se tem outra neoplasia maligna e já ocorreu disseminação para os ossos.
“Os prognósticos mais agravados que tenho encontrado são com as metástases de pulmão. Já no caso de metástase de próstata, tenho pacientes com mais de 10 anos de doença metastática e conseguem viver com um controle da doença”, destaca o Oncologista Ortopédico.

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