“O propósito da minha vida é ser voz para meu filho e para os mais de 2 milhões de famílias autistas no Brasil. Isso é o que mais me motiva”, conta o apresentador, casado com a designer Suzana Gullo, com quem tem outros dois filhos, Donatella, de 11 anos, e Stefano, de 9.
Conheça nossos serviços
– Mentorias
– Media Training
– Digital Influencer
– Cerimonialista
– Produção de Vídeos
– Curso – Método da Rosa
“Sabia que representaria uma comunidade gigante e queria honrar o trabalho de conscientização que já foi feito antes de mim. E, claro, porque se trata de outra pessoa, meu filho, tínhamos que ter tudo seguro e preparado para ele não sofrer preconceito”.
Aos 40 anos, Mion faz questão de mostrar o carinho e cuidado que tem com Romeo. Ele, no entanto, reconhece que nem todas as pessoas com a mesma condição do filho possuem os mesmos privilégios. Argumenta que “não adianta gostar e respeitar” apenas de Romeu, mas todas as crianças autistas.

‘Ele é um xodó do Brasil’
“Tenho consciência que minha posição como pessoa pública traz privilégios para o Romeo, em relação à sua condição e em relação às pessoas sentirem preconceito. Ele é um xodó do Brasil (risos). Aonde eu vou, me param para mandar um beijo para ele. Quase como se o Romeo estivesse virando um símbolo de quem passa por adversidades e com amor consegue superar”, afirma ele, antes de acrescentar que o adolescente acaba servindo como instrumento para que outras pessoas entendam as condições dos próprios filhos.
Contra isso, na visão do apresentador, não há outra ferramenta senão a informação. Ainda há preconceito, daí a sua dedicação ao tema:
“O autismo não é uma deficiência visível. Não é óbvio que a pessoa seja”.
Por isso a importância da lei sancionada no início deste ano, batizada com o nome de Romeo. O texto determina a criação da carteira nacional de identificação do autista. Isso garante a todos os direitos que as pessoas nessa condição têm, nas áreas da saúde, educação e prioridade em atendimentos.

Mion também mantém nas redes sociais um grupo pró-autismo, que já soma cerca 200 mil participantes. Por lá, eles trocam informações e criam uma rede de apoio.
“A solidariedade que estamos aprendendo a dar ainda mais valor nesses tempos de coronavírus já existe ali e gera muito conforto a milhares de famílias.”

