Página “Vacina Parente!”, traz os números da vacinação indígenas e incentiva imunização

Foto : reprodução
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A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) lançou a página digital Vacina Parente!, que acompanha em tempo real os números da vacinação de indígenas e traz mensagens ressaltando a importância da vacinação para os povos originários do Brasil. O lançamento foi durante uma live que discutiu o quadro atual da pandemia no país.

Até o momento, 253.499 indígenas em todo país receberam a primeira dose da vacina contra o cororavírus. E  110.291 receberam a segunda dose. A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) tem vacinado as pessoas indígenas aldeadas através dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

De acordo com a pesquisadora Ana Lúcia Pontes, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco),  que participou da live da APIB, o momento é preocupante. “É um número muito alto, consistente com o pico que vivemos em 2020. De maneira geral, todos os números da pandemia estão muito altos e as poucas variações existentes estão rodando num patamar lá em cima. É um momento dramático, não podemos achar que isso é normal”, alertou a pesquisadora.
Ana Lúcia lembrou também que a variante descoberta em Manaus, chamada P1, concentra dez vezes mais vírus do que a variante anterior, fazendo com que a doença provocada por ela seja mais transmissível e mais letal: “Estamos vendo que o vírus está se adaptando. Ou seja, sem as medidas restritivas é questão de tempo até que cheguemos num momento de agravamento da pandemia”.
Diversas lideranças indígenas participaram da live. Todas elas reforçaram a importância da vacinação entre os povos indígenas – assim como do efeito devastador que as notícias falsas sobre a vacinação e a pandemia têm causado em suas comunidades.
“A única força coletiva que garante a vida é a nossa força, de todos nós unidos e vivos. Por isso, parentes, precisamos todos nos vacinar”, disse a coordenadora-executiva da Apib, Sonia Guajajara. “Existem muitas mentiras chegando nas aldeias, muitas informações equivocadas, mas não podemos dar ouvidos a elas. Precisamos de informações, esclarecimentos e orientações. Só assim vamos poder combater essa rejeição à vacina”, disse Sonia.
Liderança dos Tembé do Alto Rio Guamá, no Pará, Puyr Tembé fez coro à mensagem: “Vacinar é importante, nos salva. Se não fosse a vacina, os povos indígenas já estariam exterminados. Lembrem que, a princípio, esse governo não queria nos vacinar. Não podemos continuar com essa situação de negação de direitos. Nós, os povos indígenas, estamos implorando pela vida e pelo direito de continuarmos vivos”.
A Assessora da Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Mato Grosso (Fepoimt), Eliane Xunakalo lembrou que nesta segunda-feira seu estado, o Mato Grosso, entrou em lockdown para tentar barrar o aumento de casos de COVID-19: “Irmãos, não esqueçam que várias doenças já devastaram os povos indígenas em nosso país. A gripe, o sarampo. Hoje temos a oportunidade de interromper um processo desses. Vamos abraçar essa oportunidade de ter nossos avós e nossos tios conosco, de manter nossas famílias vivas. A vacina é vida neste momento”.
Vacina Parente!

Segundo a Coiab, no Alto Rio Negro, região no norte do Amazonas, que possui grande população indígena – a cobertura vacinal está em 8% da primeira dose e 0% de segunda dose. Em São Gabriel da Cachoeira, cidade emblemática daquela região, foram registradas 35 mortes causadas pelo coronavírus apenas nos dois primeiros meses de 2021. Durante todo o ano de 2020, este número foi de 59 óbitos.

Além disso, ainda existe muita confusão sobre os números da vacinação indígena. Somente o Ministério da Saúde trabalha com três maneiras distintas de contabilizar este quantitativo. Por isso, a APIB aproveitou a live para lançar a página especial Vacina Parente!, que acompanha em tempo real os números da vacinação de indígenas e traz mensagens ressaltando a importância da vacinação para os povos originários do Brasil.

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