Em Manaus, dezenas de venezuelanos continuam nas ruas pedindo emprego e ajuda de alimentação com placas improvisadas nos sinais de trânsito. Neste sábado de páscoa, pelos menos 10 famílias, incluindo mulheres e bebês se dividiam entre esquinas da Avenida das Torres próximo ao hipermercado assai Zona Centro sul da capital do Amazonas.
No final de março, os imigrantes venezuelanos que estavam acampados na Rodoviária de Manaus foram levados para dois abrigos provisórios no Alfredo Nascimento, Zona Norte e no Coroado na Zona Leste da capital amazonense. O problema é que estes dois espaços juntos abrigam pouco mais de 300 pessoas.
Órgãos como Ministério Público Federal (MPF) e Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) continuam atuando no Amazonas e Roraima no sentido de dar uma solução para problema social causado pela imigração venezuelana.
Em Boa Vista, capital de Roraima, a situação também se arrasta por meses. Recentemente, imigrantes venezuelanos improvisaram moradias em uma antiga lagoa, no Rua Raimundo Penafort, bairro Cambará. Cerca de 50 famílias estão montaram barracos improvisados na região, que não oferece condições básicas de abrigo.
No último dia 3, o Ministério Público de Roraima (MPRR) entrou com uma ação civil pública para obrigar a Prefeitura de Boa Vista a implementar um programa de monitoramento da população em situação de rua, no prazo de 60 dias. Mas nas ruas a situação ainda é preocupante.
Voltando à Manaus, representantes do Governo e da Prefeitura ainda buscam um espaço para abrigar os índios da etnia Warao. Visitas têm sido feitas por uma comissão para escolher o espaço adequado.
Para além do abrigo, os irmãos venezuelanos clamam por trabalho e dignidade.
*Redação