Pobreza e desigualdade devem aumentar na América Latina

A Cepal entregou seu relatório para 2019 nesta quinta em Santiago Elvis Gonzalez / EFE - 28.11.2019
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O número de pessoas afetadas pela pobreza em 2019 na América Latina deve chegar a 191 milhões em uma tendência crescente desde 2014 e em meio a uma convulsão que se espalha por um continente considerado desigual, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
Uma projeção que a organização apresentou nesta quinta-feira no relatório denominado Panorama Social da América Latina 2019 destacou um retrocesso na redução da pobreza e da pobreza extrema. Esta última afetaria 72 milhões de pessoas na região.

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O aumento de 2,3 pontos percentuais de pobreza entre 2014 e 2018 na média é explicado basicamente pelo aumento registrado no Brasil e na Venezuela, segundo a agência.
“Em números absolutos, esperamos que em 2019 esta situação piore ainda mais. De fato, hoje, há 185 milhões de pobres, dos quais 66 estão em extrema pobreza. Em 2019, as projeções nos dão 191 milhões de pobres e 72 milhões em extrema pobreza, ou seja, há um agravamento da pobreza em 2019”, declarou a secretária executiva.
Como porcentagem, espera-se que quase um terço — 30,8% — da população da América Latina e do Caribe viva em situação de pobreza este ano, em comparação com 30,1% em 2018. A tendência é de subida desde 2015. A pobreza extrema também atingiria 11,5% da população, contra 10,7% em 2018.
A agência afirmou ser necessário avançar na área de direitos e igualdade que sirvam para gerar modelos mais abrangentes com melhor proteção social.
Protestos contra desigualdade
Uma população que em diferentes países como Chile, Equador, Honduras, Haiti, Colômbia e Bolívia se cansou de modelos que permitem e em que persistem a desigualdade.
“É muito importante entender a oportunidade do descontentamento social para poder resolvê-lo estruturalmente, com medidas de médio prazo como as que menciono: mudança na estrutura produtiva e mudança constitucional, mas também para abordá-lo com um pacote de medidas de curto prazo”, disse Bárcena durante a apresentação do relatório.
“Por que há desencanto na região? Não há um fator único. Há um ponto de ruptura na continuidade de um modelo, um modelo que está associado a décadas de concentração de renda, riqueza, tecnologia”, acrescentou a secretária executiva.
Desigualdade cai, mas lentamente
A desigualdade de renda na América Latina, medida pelo coeficiente de Gini — no qual 0 representa a ausência de desigualdade e 1 desigualdade máxima — tem mostrado uma desaceleração na sua redução. Contudo, embora a diferença tenha diminuído significativamente entre 2002 e 2014, a partir de 2015 essa tendência desacelerou.
Entre 2002 e 2014, a queda era de 1% ao ano, enquanto a taxa entre 2014 e 2018 correspondia a 0,6% ao ano, razão pela qual Barcena optou pela necessidade do que chamou de itinerário claro em países em agitação social.
Nesse sentido, ela destacou que existe uma “cultura do privilégio” por trás da desigualdade e da discriminação que vicia o modelo a seu favor.
“É transferido para instituições que reproduzem o comportamento de agentes com maior poder político e econômico. A cultura do privilégio naturaliza as desigualdades. Isso nos faz acreditar que é normal que haja essa tremenda desigualdade e discriminação”, considerou.
América do Sul lidera gastos sociais
A sub-região sul-americana tem o maior gasto público social médio da região (13,2% do PIB em 2018), enquanto na América Central, México e República Dominicana é de 9,1% e no Caribe é de 12,2%.
Em toda a América Latina, os gastos sociais do governo aumentaram de 10,3% para 11,3% entre 2011 e 2018.
Aumento da migração e remessas se tornam fundamentais
A Cepal também destacou o fenômeno da migração e seu aumento desde 2010, quando havia 30 milhões de migrantes na América Latina e no Caribe, até 40,5 milhões em 2019. Esses valores equivalem a 15% da migração global total, o que faz das remessas um pilar fundamental para os países de origem ao longo dos anos.
Em El Salvador, Guatemala, Honduras e República Dominicana, a incidência da pobreza sobre a população total seria entre 1,5 e 2,4 pontos percentuais superior se não fossem as contribuições econômicas dos migrantes.

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