Com a atual crise da pandemia de Coronavirus, as máscaras de proteção usadas por profissionais de saúde são cada vez mais procurados e usadas pela população em geral. Nas Redes Sociais já é possível encontrar modelos caseiros , feitos de tecido. No entanto, as autoridades de saúde são unânimes em afirmar que as máscaras devem, prioritariamente, ser usadas por profissionais de saúde, cuidadores de doentes ou infectados. Saiba mais nesta matéria que nossa equipe produziu ouvindo especialistas.
As máscaras são EPIs (Equipamento de Proteção Individual). E há hoje no mercado brasileiro, diversos modelos e tipos. A máscara mais vendidas como EPIs para profissionais de saúde é a N95. Mas há ainda outros modelos de máscaras profissionais . Veja :
- Modelos N95, N99 e N100: filtram pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. Não são resistentes ao óleo;
- Modelos R95, R99 e R100: filtra pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. São um pouco resistente ao óleo;
- Modelos P95, P99, P100: filtram pelo menos 95%, 99%, 99,97% das partículas transportadas pelo ar, respectivamente. São fortemente resistentes ao óleo;
- Respirador PAPR com HE (High Efficiency Particulate Air): filtra pelo menos 99,97% das partículas transportadas pelo ar. No entanto, seu uso é exclusivo de profissionais.
Já as chamadas máscaras cirúrgicas padrão são confeccionadas para bloquear partículas e gotículas. Elas são produzidas de um material chamado de não-tecido (polipropileno). E podem ter uma ou mais camadas. Quando há infecção, acredita-se que as pequenas gotas não podem ser filtradas pelo item de proteção. Além disso a máscara cirúrgica não fica totalmente ajustada ao rosto. O que representa um perigo.
E as máscaras caseiras? Costuradas com tecidos estampados e muitas vezes visualmente bonitas? Elas estão disponíveis nas Redes Sociais para venda on line. Para os especialistas, estas máscaras feitas em casa são ainda menos eficientes do que as máscaras cirúrgicas porque não são descartáveis. Ou seja, elas precisariam ser jogadas fora, toda vez que usadas. O infectologista da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, Franklin Simões , explicou ao Portal da Marcela Rosa que estes acessórios não servem para quem realmente quer se proteger. “O ideal , neste momento, é realmente ficar em casa. O que é muito mais eficaz que qualquer máscara” alertou o especialista.
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Outro ponto importante, o tempo de uso
Como são descartáveis, se você passar um dia inteiro com a mesma máscara, cuja superfície ficará infectada, pode trazer risco de contaminação para outras pessoas que estiverem ao redor.
O ideal segundo os infectologistas é evitar que a máscara fique úmida. Se isso acontecer, em até duas horas você deve trocar. Se conseguir usar por uma manhã, não tem problema. O ideal é usar em um turno de trabalho e descartar.
Já a máscara N95 pode ser usada em até 15 dias, caso ela esteja em boas condições.
Como Usar a máscara
- Antes de colocar a máscara, lave bem as mãos com água e sabão ou álcool gel.
- Cubra a boca e o nariz com a máscara e se certifique de que não há espaços entre o acessório e o rosto.
- Evite tocar a máscara enquanto estiver usando-a. Se fizer isso, higienize as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
- Na hora de tirar a máscara, faça isso por trás, pelo elástico preso na orelha . Ou seja, não toque na parte da frente do acessório. Descarte-a imediatamente em uma lixeira fechada e lave novamente as mãos com água e sabão ou álcool gel.
E quem realmente deve usar as máscaras? Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) recomenda o uso de máscaras faciais para:
- Pessoas que apresentam sintomas respiratórios, como tosse, espirros ou dificuldade em respirar, mesmo quando procuram atendimento médico, para proteger as pessoas ao seu redor.
- Pessoas (incluindo familiares) que prestam atendimento a pessoas com sintomas respiratórios.
- Profissionais de saúde, quando entram em uma sala com pacientes ou quando tratam um indivíduo com sintomas respiratórios e de acordo com o tipo de atendimento que será prestado.
Mas é importante lembrar que “Nenhuma medida preventiva é 100% eficaz para prevenir infecções, mas praticar todas elas de maneira conjunta pode reduzir as chances de disseminação da infecção”, disse o vice-diretor da OPAS, Jarbas Barbosa. “Em especial, lavar as mãos com água e sabão regularmente durante o dia e evitar o contato social” ratifica o infectologista Franklin Simões.
*Redação
