Recursos de P&D de indústrias da Zona Franca poderão financiar projetos em comunidades da Amazônia

Foto: Outorama Filmes
Compartilhe
A aliança do conhecimento tradicional com o conhecimento científico tem gerado resultados positivos à bioeconomia na Amazônia. Iniciativas de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e inovação já promovidas pela Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e parceiros vêm melhorando a qualidade de vida de populações indígenas e ribeirinhas que vivem e que cuidam das florestas. Agora essas atividades vão alcançar um novo patamar: recursos oriundos de indústrias da Zona Franca de Manaus (ZFM) poderão ser usados para financiar projetos de P&D nessas comunidades tradicionais onde a FAS atua.
Na última quarta (6), o Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA), vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), publicou no Diário Oficial da União (DOU) uma resolução confirmando a habilitação da FAS para executar atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação nas comunidades ribeirinhas e indígenas utilizando recursos das indústrias da ZFM. As verbas poderão ser usadas para a promoção de novas tecnologias em bioeconomia, na gestão de cadeias produtivas, desenvolvimento sustentável e na geração de emprego e renda.
A resolução do DOU, de nº 6/2019, especifica que a habilitação da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) é resultado da 59ª reunião do CAPDA, ocorrida em 29 de outubro deste ano. No documento também são especificados os locais onde as atividades de P&D e inovação fomentadas por empresas da Zona Franca poderão ser desenvolvidas, isto é, nos Núcleos de Conservação e Sustentabilidade (NCSs) da FAS espalhados nas seguintes Unidades de Conservação geridas pelo Governo do Estado: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari; RDS Uatumã; RDS Mamirauá; RDS do Juma; RDS Rio Negro e na Área de Proteção Ambiental (APA) Rio Negro.
“É uma conquista extremamente importante por duas razões. Primeiro porque abre uma oportunidade para captação de recursos para apoiar o desenvolvimento de novas tecnologias às cadeias produtivas de bioeconomia na Amazônia e também porque representa um avanço conceitual para a política de P&D na região, reconhecendo os laboratórios da floresta como sendo elegíveis para receber recursos à inovação, à tecnologia, e não apenas aqueles laboratórios convencionais de instituições de pesquisa com microscópios e computadores. Dessa maneira a gente coloca a floresta como sendo um laboratório de si mesmo”, ressaltou o superintendente-geral da FAS, Virgílio Viana.

Laboratório da Floresta

Desde 2014 a FAS vem promovendo projetos de P&D e inovação em comunidades tradicionais do Amazonas aliando conhecimento tradicional e conhecimento científico nos espaços denominados “Laboratórios da Floresta”, ou Labflor. Nestes espaços as atividades de P&D são desenvolvidas com objetivo de agregar valor aos recursos naturais e aos produtos da floresta, criando novas tecnologias e dando protagonismo ao conhecimento ribeirinho e indígena, além de envolver etapas como manejo e coleta de recursos florestais e pesqueiros; beneficiamento primário; armazenamento e transporte; beneficiamento secundário até o mercado final; e logística e certificação de produtos florestais e pesqueiros.

Conheça nossos serviços

– Mentorias
– Media Training
– Digital Influencer
– Cerimonialista
– Produção de Vídeos
– Curso – Método da Rosa

As atividades são feitas junto a instituições parceiras e com quem a FAS tem acordos formais de cooperação técnica e científica. Um exemplo de sucesso de Labflor é a Empresa de Base Comunitária (EBC) Bauana, um empreendimento que atua na produção e no beneficiamento de óleos de andiroba e murumuru e no beneficiamento do açaí dentro da comunidade do Bauana, na RDS do Uacari, no município de Carauari, a 788 quilômetros de Manaus. O empreendimento conta com a gestão de cinco técnicos em produção sustentável e é feito juntamente com o Centro Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam). Só no ano de 2018 foram produzidas 1,5 toneladas de manteiga de murumuru na EBC Bauana em primeiro contrato com a Natura Brasil, beneficiando diretamente 30 famílias em 2018.

Sobre o CAPDA

O Comitê das Atividades de Pesquisa e Desenvolvimento na Amazônia (CAPDA), vinculado à Suframa, foi criado em 2002 e integra a Lei de Informática nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991. O comitê é responsável por gerir os recursos destinados às atividades de pesquisa e desenvolvimento, onde tais recursos são resultados de investimentos feitos por empresas de desenvolvimento ou de produção de bens e serviços de informática. O CAPDA conta com representantes do Governo do Estado e instituições de fomento à pesquisa e inovação, além da comunidade científica e do setor empresarial.

Voce pode gostar também!

Conheça meus serviços

É um serviço especializado realizado por mim Jornalista Marcela Rosa , especialista em telejornalismo e produção de vídeos e textos para vídeos e TV, Na minha mentoria on line eu vou te orientar de forma individualizada nos seus trabalhos de vídeo ou ainda de textos para TV ou internet.

Saiba mais

Nas Redes Sociais, como jornalista,eu atuo de uma forma diferenciada. Na verdade, uso a minha imagem e o meu texto (fala) como “referência” digital para produtos e serviços que coadunam com meu perfil de mulher adulta, mãe e profissional da comunicação.

Saiba mais

O Cerimonial de uma jornalista busca sempre aliar competência e credibilidade com a imagem e a voz que vão representar empresas e organizações.

Saiba mais

O meu maior Knowhow é sem dúvida a produção, redação e apresentação de vídeos jornalísticos. E todo este conhecimento é reproduzido nas propostas institucionais.

Saiba mais