Rio de Janeiro deve decretar calamidade para conseguir recursos

Alagamento na Rua Jardim Botânico após as chuvas que atingiram o Rio de Janeiro.
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Ao menos 70 famílias estão desabrigadas ou desalojadas por causa das chuvas. Na noite de ontem (9), um novo deslizamento de terra assustou moradores no bairro Jardim Carioca, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Dados do município apontam que existem atualmente 14.204 moradias em área de risco geológico-geotécnico. A prefeitura informou que foram gastos R$ 86 milhões em obras de contenção de encosta nos dois últimos anos.
Desde a noite de segunda-feira (8), foram acionadas 59 sirenes de 36 comunidades de alto risco geológico monitoradas pelo sistema de alertas sonoros da cidade, de acordo com a prefeitura. O sistema, porém não funcionou no Morro da Babilônia, no Leme, zona sul da cidade, onde um deslizamento levou duas pessoas à morte. O município irá publicar um decreto com o novo protocolo a ser seguido pelos órgãos municipais em situações de emergência provocadas por forte chuva na cidade.
A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Fabiana Bentes, disse hoje (10) que o Estado poderá atuar com mais força se a prefeitura da capital decretar estado de calamidade, diante dos estragos causados pelo temporal que começou na noite de segunda-feira (8). Ela garantiu, no entanto, que a pasta já vem atuando para prestar auxílio nas regiões impactadas.
“Já estamos com equipes de assistência social em vários lugares, mas efetivamente o Estado só pode entrar com recursos onde o município decrete estado de calamidade. Ainda estamos vivendo uma situação de emergência, então nossas ações precisam ser limitadas em função da responsabilidade de cada ente”, afirmou.
A secretária esteve hoje no Instituto Médico Legal (IML), no Rio, onde famílias aguardam a liberação dos corpos das vítimas. Ontem (10), o número de mortos

Alagamento na Rua Jardim Botânico após as chuvas que atingiram o Rio de Janeiro.

subiu para 10. De acordo com Fabiana, a dimensão dos estragos impõe dificuldades para o trabalho. “A chuva se alastrou. Nós temos recursos humanos limitados, mas nossas equipes estão em todas as áreas”.

Recursos federais

Também nesta manhã (10), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, visitou a comunidade de Jardim Maravilha, em Guaratiba, na zona oeste da cidade, que sofreu com um grande alagamento. Ele lamentou a falta de dinheiro para obras de prevenção aos efeitos de temporais e pediu parcerias com o governo federal.
Em nota divulgada no início da noite de ontem (9), o município informa que, desde o início de 2019, não houve liberação de verbas o Ministério do Desenvolvimento Regional para contenção de encostas e para o Minha Casa, Minha Vida, que permite a realocação de moradores de áreas de risco. A prefeitura alega que há 2.870 unidades habitacionais licenciadas aguardando apenas a liberação do governo federal para que a Caixa Econômica Federal inicie as obras. A nota diz que, desde 2015, não há repasses da União para obras de combate a enchentes.
Procurado, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou, em nota, que garantiu à prefeitura o repasse de R$ 421 milhões referente a seis contratos para obras de contenção de encostas, assinados entre os anos de 2010 e 2014, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). De acordo com a pasta, nenhuma nova solicitação para novas intervenções desta natureza foi apresentada pelo município desde 2017.
O Ministério também disse apoiar a execução de obras de drenagem urbana e de manejo de águas pluviais, com o objetivo de prevenir alagamentos, inundações e enxurradas. “Atualmente, a cidade do Rio de Janeiro possui oito termos de compromisso ativos, que correspondem a R$ 797,3 milhões em recursos federais e R$ 279,58 milhões de contrapartida municipal”, diz a nota.
Em relação ao Programa Minha Casa, Minha Vida, a pasta afirma que foram entregues até hoje 89 mil das 120 mil unidades habitacionais já foram contratadas na cidade do Rio de Janeiro. Do total, 1.730 moradias teriam sido destinadas a famílias atingidas por alguma calamidade. Em razão do contingenciamento orçamentário, o Ministério informou que priorizará neste ano a execução de unidades habitacionais contratadas em anos anteriores.
*Agência Brasil

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