Secretário de Saúde Indígena rechaça genocídio contra povos Yanomami

foto: Divulgação
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O secretário Especial de Saúde Indígena, Robson Santos, rechaçou, nesta quinta-feira (25/11), as acusações de negligência e suposta prática de genocídio cometida contra os povos Yanomami, na Amazônia. O titular da pasta vinculada ao Ministério da Saúde foi convidado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal a prestar esclarecimentos sobre a situação dos povos indígenas.

A acusação de genocídio partiu do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar classificou a omissão do governo federal como “ação genocida” e entrou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) para que o Executivo “cumpra o seu dever para com as populações indígenas”.

Reportagem do Fantástico mostrou os povos tradicionais indígenas sofrendo com o abandono e a inação do Executivo federal no combate aos garimpos ilegais, que ameaçam a sobrevivência e a continuidade das comunidades indígenas da Amazônia.

Há ainda denúncias de surtos de malária entre as comunidades, além de crianças desnutridas, doentes e sem atendimento médico.

Atualmente, a reserva é ocupada por 30 mil indígenas, espalhados em mais de 300 comunidades.

“Absurdo e falacioso”
Santos classificou as acusações de genocídio como absurdas e falaciosas. “Termo terrível. Uma acusação que só acontece em tempos de guerra e a gente vê querendo rotular com essa história de genocídio. Considerando que 52% da nossa força de trabalho é indígena, não poderia haver um genocídio, mas uma guerra étnica”, defendeu.

Sobre os casos de malária, o secretário disse que “estão omitindo a história” e que os incidentes fazem parte da rotina da comunidade desde a década de 1980. “Tem gente tentando omitir a história. A curva de mortalidade já esteve mais alta do que no momento. O problema atual é grave, existe e precisa ser solucionado, mas não podemos omitir a história”, explicou.

Aos senadores, o representante do Ministério da Saúde disse não caber à pasta fornecer alimentos para os aldeados e cobrou que estados e municípios sejam mais participativos. “Estados e municípios recuam frente às necessidades junto à população. Não cabe ao ministério da Saúde fornecer cestas básicas ao indígena”, enfatizou o secretário.

“Amnésia coletiva”
Santos também defendeu que os Yanomami estão entre os povos indígenas assistidos com maior efetivo de profissionais de saúde e com maiores repasses de verba pública.

“É quem mais recebe recursos. Em três anos, foram mais de R$ 261 milhões, sendo R$ 8,3 milhões para compra de insumos e equipamentos hospitalares. Parece que sofrem de amnésia coletiva e esquecem tudo que foi feito. Tudo que nos foi possível foi feito”.

De acordo com o secretário, as equipes de saúde sofrem com a violência dos povos locais, que resistem aos atendimentos dos profissionais. “Temos dificuldades na região de Surucucu para atendimento. Hoje, infelizmente, temos problemas com indígenas”, disse, citando episódios de lesão corporal, uso de arma de fogo e conflitos internos. “O profissional fica traumatizado em ter que voltar”, completou.

 

Metrópoles*

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