Com fluidez, sem contratempos e com garantias. Assim descrevem as autoridades estaduais e eleitorais as eleições e a apuração de 3 de novembro que deram a vitória a Joe Biden. Essas afirmações batem de frente com a denúncia de Donald Trump, alegando uma fraude da qual nenhuma prova foi encontrada até agora.
A verdade é que o mandatário, antes que o primeiro voto fosse contado, passou semanas colocando em dúvida a integridade do processo e questionando o voto pelo correio, apesar de estes terem uma longa história de sucesso na história eleitoral dos Estados Unidos.
O presidente ainda não reconheceu a derrota na disputa presidencial, apesar de seu adversário democrata já ter 279 votos eleitorais contra 217 do republicano. Restam 42 votos ainda não decididos, mas não seriam suficientes para Trump atingir o número mágico de 270.
Além disso, o presidente imediatamente começou a abrir processos e questionar o sistema nos lugares em que o voto pelo correio foi massivo, mas o magnata não ganhou.
O jornal The New York Times informou na terça-feira que funcionários eleitorais de ambos os partidos em dezenas de Estados dizem que não existe nenhuma evidência de fraude ou outras irregularidades que teriam influenciado o resultado da eleição presidencial de 2020.
Na segunda-feira e na terça, o diário nova-iorquino entrou em contato com as autoridades eleitorais de cada Estado para perguntar se elas suspeitaram ou tinham provas de votos que poderiam ser considerados ilegais. Um total de 49 Estados declarou que não houve nenhum problema.
As autoridades contatadas no Texas foram as únicas que não responderam à investigação do jornal.
A acusação de fraude continua sem sustentação. Além disso, Trump e sua aposta pelo caos eleitoral sofreram um duro revés na terça-feira, quando foi divulgado que um funcionário dos correios que alegou ter testemunhado uma manipulação de votos na Pensilvânia negou sua acusação.
Fonte: El País