UFRJ vai fechar as portas por falta de dinheiro, diz reitora

A UFRJ trabalha com duas vacinas brasileiras contra a covid - © Kauê Vieira
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A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) vive uma das crises mais graves de sua história. A reitoria da instituição de ensino anunciou que deve paralisar suas atividades no mês de julho. A notícia foi publicada em artigo escrito no jornal O Globo por Denise Pires de Carvalho e Carlos Frederico Leão Rocha, reitora e vice-reitor da UFRJ respectivamente.

Eles detalham a gravidade da situação, que se deteriorou com a gestão Jair Bolsonaro. Não é de hoje que o governo federal coloca instituições públicas de ensino em sua mira. Abraham Weintraub, ex-ministro da Educação, classificou as universidades federais como espaços de promoção da “balbúrdia”.

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“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse o então ministro ao Estadão. Weintraub ameaçou cortar o orçamento das federais.

Orçamento defasado ameaça combate à covid
O tempo passou, Weintraub encontrou consolo com cargo importante no Banco Mundial e a educação brasileira seguiu sofrendo. A UFRJ precisa se equilibrar com um orçamento de 13 anos atrás, apesar de ter o dobro de alunos do que em 2008.

Os reitores da UFRJ revelaram que os R$ 299 milhões do orçamento aunal ainda não se concretizaram. A reitoria dá conta que somente R$ 146,9 milhões foram liberados pelo governo federal e que R$ 62 milhões já foram gastos no pagamento de contas e outras obrigações previstas em lei. Isso quer dizer que a UFRJ possui apenas R$ 81 milhões para seguir.

Outros R$ 152,2 mi ainda dependem de liberação do Congresso Nacional, que ainda não tem data para a apreciação da matéria. Ainda de acordo com a reitoria, o governo federal bloqueou R$ 41,1 milhões do orçamento destinado à UFRJ no último 29 de abril. Trocando em miúdos, a UFRJ pode ter no máximo R$ 258 milhões, valor inferior ao ano de 2008.

O fechamento de uma instituição com a representatividade da Universidade Federal do Rio de Janeiro prejudica a sociedade inteira. A UFRJ é a maior universidade federal do Brasil e a primeira instituição oficial de ensino superior brasileira, além de estar envolvida diretamente no combate à covid-19.

Pesquisadores da UFRJ trabalham em estudos pré-clínicos de duas vacinas brasileiras para combater o vírus que matou mais de 420 mil pessoas no território nacional.

“Com o que temos disponível para gastos discricionários hoje, a UFRJ para de funcionar em julho. As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos”, lamentou Denise ao Globo.

A falta de grana em caixa afeta tarefas mais básicas, como o pagamento de água, luz, além da garantia da limpeza e segurança dos prédios. Some isso aos custos de bolsas de estudos, compra de insumos para pesquisa e reformas prediais. Há também os gastos obrigatórios, maior parte do orçamento, com salários e verbas determinadas por lei.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também se manifestou em nota enviada ao jornal O Globo. A Unifesp afirmou que, caso não haja liberação dos recursos, a unidade não terá “como arcar com o funcionamento básico a partir de julho” e, portanto, “o risco de paralisação total é real”.

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