Pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros não lê livros

CERCA DE 53% DOS ENTREVISTADOS NÃO LERAM SEQUER UMA PARTE DE UMA OBRA NOS TRÊS MESES ANTERIORES À PESQUISA. Foto: Fernando Franco/ Agência Brasil
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Pela primeira vez, a proporção de não-leitores, que chega a 53%, supera a de leitores, que é de 47% no País. 53% da população afirmou não ter lido nenhum livro, seja impresso ou digital, nos três meses anteriores à Sexta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil do Instituto Pró-Livro. A perda foi de quase 7 milhões de leitores nos últimos quatro anos.

 

O cenário é ainda mais preocupante quando se observa a leitura de livros inteiros: 73% dos brasileiros, 148 milhões, não completaram nenhuma leitura.

 

Essa perda de consumidores de livros é registrada em todas as faixas etárias, classes sociais e níveis de escolaridade, com exceção das crianças de 11 a 13 anos e das pessoas com 70 anos ou mais. Zoará Failla, coordenadora da pesquisa, explica os fatores que contribuíram para essa perda:

 

“E foi identificado um aumento de mais de 30% de 2015 para cá, no uso do tempo livre na internet. (0:09) Por outro lado, uma queda na leitura de livros nesse momento de lazer. Já era baixa, 24%, e caiu para 20%. Mas um dado que preocupa é também, mais uma vez, na faixa etária de 5 a 10 anos, 43% das crianças estão usando esse tempo em videogames.”

 

Os estados com os maiores índices de leitores são: Santa Catarina, com 64%, seguido por Paraná e Ceará, ambos com 54%. A Região Sul é a única onde a maioria da população ainda mantém o hábito da leitura. Em relação aos locais preferidos para ler, a pesquisa revela que, embora 85% dos leitores leiam em casa, as escolas têm se tornado espaços cada vez menos voltados para a leitura, com a participação das salas de aula caindo para 19%. Zoará Failla comenta os impactos na educação:

 

Pandemia, quando as crianças ficaram sem aulas presenciais, tiveram aulas remotas, muitas tiveram dificuldades de acompanhar por não ter acesso à internet e é um momento muito importante para formação leitora e as práticas leitoras presenciais com o professor são fundamentais para correção, para estímulo, para criar situações mais mobilizadoras e aí tanto a alfabetização quanto o letramento, o letramento literário.

 

O Senado tem discutido alguns projetos de lei voltados para o incentivo à leitura. Um desses projetos propõe a criação da Política Nacional de Leitura e Escrita, cujo objetivo é fortalecer as bibliotecas públicas e valorizar o trabalho dos bibliotecários. Além disso, tem a proposta que cria a Política Nacional do Livro, que fixa um preço único pelo período de um ano a partir do lançamento ou importação de uma obra.

 

 

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