O Aedes aegypti é a principal espécie que transmite o vírus da dengue, além da Chikungunya e do zika vírus. Agora, pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) desenvolveram um repelente inovador, mais eficaz e duradouro e que pode auxiliar no combate ao mosquito.
Nágila Ricardo, professora do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC, explica o diferencial dessa nova fórmula para os produtos atualmente no mercado.
“É a associação do ativo químico IR3535 aos óleos de cravo e de linhaça, usando a tecnologia de nanoencapsulação para aumentar o tempo de ação do repelente. Como tínhamos conhecimento da atividade repelente do óleo de cravo e das propriedades filmogênicas do óleo de linhaça, identificamos a oportunidade de desenvolver uma nanoformulação de repelente contendo uma menor quantidade de ativo sintético associada ao óleo de cravo e ao óleo de linhaça”.
A ideia surgiu de uma monografia de graduação do aluno Tiago Moreira Mello, orientado pela pesquisadora Louhana Rebouças, técnica do Instituto Federal do Maracanaú. Com a patente expedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que traz como titulares a UFC e o IFCE, a professora Nágila diz qual o próximo passo do projeto.
“A nossa expectativa é que a carta patente concedida desse produto seja licenciada para que a indústria cosmética farmacêutica possa prosseguir com os testes repelentes em pele e de segurança dérmica”.
O produto, com menor concentração de princípio ativo, maior duração e eficácia, também deve ter um preço final mais baixo. Considerando os custos somente da matéria-prima, pode haver uma redução entre 50% e 60% do valor final.
Os pesquisadores ainda esperam a confirmação dos resultados de laboratório com testes clínicos em vivo.
