A cidade amazonense de Apuí, que está em situação de emergência, já enfrenta desabastecimento devido a interdição da BR-230, a Transamazônica, ocasionado pela cheia do Rio Madeira. A rodovia é o principal acesso via terrestre para abastecimento do município. No entanto, trechos dos quilômetros 293 e 603 estão submersos.
Devido à situação, alguns insumos já estão escassos, é o que afirma o prefeito de Apuí, Marcos Maciel:
“Por enquanto, ainda estamos desabastecidos. Os principais itens, tipo combustível S10, gasolina. A questão dos perecíveis é que não tem mais, a questão dos frios, né? Não tem, não tem mais nada, mas isso já não tem mais nada há dias”.
Diante disso, o Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, declarou situação de emergência na BR-230. A medida permite que a autarquia implemente ações emergenciais para recuperar os trechos afetados e restabelecer o tráfego na região, além de outras ações. Porém, devido à cheia do Rio Madeira, não há previsão para que a via seja liberada.
O prefeito Marcos Maciel informou ainda que outras ações do Dnit estão sendo adotadas para o abastecimento da cidade:
“Então, o Dnit, sim, tá tomando providências de fazer locação de balsas para poder fazer a travessia de Humaitá até o Porto da Prainha para trazer caminhões, carretas e resolver a questão do abastecimento. Não é para agora, seria, digamos, essa solução chegaria daqui uns oito ou dez dias, mas é melhor que nada no momento”.
A interrupção da BR-230 tem causado transtornos no transporte de cargas e na locomoção de moradores em cidades do sul do Amazonas, como Apuí, Lábrea e Manicoré.
A Defesa Civil do estado segue acompanhando a situação e orienta os condutores a evitar a área até que o tráfego seja normalizado.
Pelo menos 20 km da rodovia estão submersos, com trechos onde a água chega a 2 m de profundidade.