Nesta sexta-feira, 13 de dezembro, acontece o lançamento do audiovisual “Coracy, Edu e Dudu – Uma História que Deu Samba”, no salão nobre do Centro Cultural Palácio Rio Negro, às 19h. No mesmo evento acontece também o lançamento do livro de mesmo nome.
Tanto o livro, quanto o documentário, foram escritos e dirigidos por Edu do Banjo, e contam a história de sua família composta por 3 gerações de sambistas amazonenses: Coracy Brasil, Edu do Banjo e Dudu Brasil, que teve forte influência no samba do Amazonas.
Mostram também a ligação dessas 3 gerações com a nata do samba nacional: João Nogueira, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz, Monarco, Neguinho da Beija Flor, Jorge Aragão, Arlindo Cruz, Beth Carvalho, Dona Ivone Lara, Mestre Marçal da Portela, Dominguinhos do Estácio e outros.
Traz registros fotográficos inéditos que ilustram a trajetória e a ligação de Coracy, Edu e Dudu com esses artistas nacionais, e a troca de experiência musical, que influenciou a engrandeceu a música popular brasileira dentro do Amazonas.
As cenas retratam os domingos no quintal do seu Coracy Brasil, na década de 80, Manaus, onde tudo começou. Uma programação que começava às 9 da manhã, com o vôlei, banho de piscina, almoço e depois jogo de dominó regado a uma boa música: MPB, roda de samba e terminava em seresta, além de depoimentos dos amigos de Coracy, Edu e Dudu, encerrando a festa com a bateria e pavilhão da GRES Beija Flor do Norte, que homenageou Edu e Dudu no carnaval de Manaus de 2019.
TRÊS GERAÇÕES DO SAMBA AMAZONENSE
Coracy Brasil
Amazonense, nascido e criado no centro de Manaus, era compositor, cantava e tocava violão com seu irmão Aluizinho Brasil, que juntos, na década de 50 fundaram o trio Ajuricaba, juntamente com seu amigo Renato. Casou-se com Maria Eglanir Nunes Brasil tiveram 4 filhos: Ricardo, Eduardo (Edu do Banjo), Maurílio e Karla Brasil.
Na década de 70, adquiriu um sítio denominado Vizinhão, em que agregava familiares e amigos atraídos por um bom papo e uma boa música. Nos anos 80 mudou-se para o Parque das Laranjeiras, onde as rodadas de samba se intensificaram.
Deixou um legado musical, seu filho Edu do Banjo e seus netos; Dudu Brasil, Derek, Yuri, Coracy Neto e Gabriela Brasil, os quais são músicos. Era torcedor do Fluminense, do Nacional e do Portelense de coração.
Edu do Banjo
Músico amazonense morou no Rio de Janeiro em 1980 e, por intermédio do pai, conheceu vários músicos e artistas que influenciaram na sua carreira musical entre eles, João Nogueira, Milton Manhães produtor musical, Zeca Pagodinho, Mané do cavaco, Chico da Silva, Dominguinhos do Estácio e Arlindo Cruz, que o batizou de Edu do Banjo.
Fez intercâmbio cultural no eixo Rio/Manaus, trazendo para a capital amazonense a nata do samba nacional para fazer shows e era sempre convidado para desfilar na Marquês de Sapucaí (RJ), em várias escolas de samba.
Em Manaus, criou juntamente com seu irmão Ricardo, e seu parceiro musical Caio do Cavaco, a Batukana (grupo musical criado em 1978), animando os eventos das residências e clubes da cidade. Casou-se com Cláudia Bessa e teve dois filhos: Larissa e Eduardo Brasil (Dudu Brasil). Da união dessas duas famílias, amantes de uma boa música, nasceu também um bloco carnavalesco, o “Império das Laranjeiras”, com o tio Esmeraldo, tia Stela e Roberto Bessa (Tuta).
Dudu Brasil
É amazonense, publicitário, músico, compositor e produtor musical. Desde criança impressionava a todos pelas suas qualidades e escolhas musicais.
Toca vários instrumentos de corda e percussão. Estudou violão no Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro e é licenciado em música pela UEA (Universidade Estadual do Amazonas), formando-se em 2023.
Participou de vários eventos culturais nas rádios, TVs locais, dentre eles o programa “Carrossel da Saudade”, da TV Encontro das Águas.
Participou também do programa “Legendários” da TV Record em SP, na época apresentado por Marcos Mion. Desfilou na GRES Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, em 2015 (ano em que a Estácio foi campeã do grupo de acesso, subindo para o grupo especial) acompanhando o saudoso Dominguinhos do Estácio, na ala musical, fazendo violão sete cordas,