Professora da Ufam representa o Amazonas em seminário de Desenvolvimento, Estado e Sociedade*

A especialista irá expor iniciativas que evidenciam a importância de diversificar a matriz econômica do Estado, incentivando o desenvolvimento dos polos biofármacos. Foto: Divulgação
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A economista e professora doutora da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Michele Lins Aracaty, irá representar o Amazonas, nos dias 25 e 27, no VII Sedres (Seminário de Desenvolvimento, Estado e Sociedade) que acontecerá em Florianópolis, entre os dias 25 e 28 de setembro de 2024.

Os projetos, “Amazônia é a farmácia do mundo: potencialidade dos bionegócios e Fibras regionais e bioeconomia: a potencialidade do Curauá”, desenvolvidos pela docente foram submetidos à apreciação da Comissão Científica do evento que tem como tema central, “Os desafios do desenvolvimento socioambiental e as horizontalidade: pontes entre a região, o estado e o cotidiano“.

Ambos projetos reforçam e defendem a necessidade de diversificar a matriz econômica do estado por meio de estímulo aos polos biofármacos, ao modelo ZFM (Zona Franca de Manaus) com potenciais de complemento ao principal modelo de desenvolvimento da região.

Na proposta, “Amazônia é a farmácia do mundo: potencialidade dos bionegócios”, a especialista destaca que é indiscutível a relevância do modelo ZFM no que tange à contribuição deste para o crescimento econômico do estado do Amazonas, mas sabemos da necessidade da identificação de novas matrizes econômicas com foco no desenvolvimento dos municípios do interior para que possamos reduzir as distorções do modelo.

“A exploração e o aproveitamento econômico sustentável dos recursos da biodiversidade amazônica através dos bionegócios surge como alternativa viável para a região e fortalece a proposta de um modelo econômico preservacionista e reparador das injustiças econômicas do modelo atual.

Ao longo da discussão observamos que o cenário ideal seria a implementação de um polo de desenvolvimento regional com base nos bionegócios amazônicos. Para tanto, devemos aproveitar o conhecimento agregado das instituições de pesquisa, o capital humano já qualificado, a expertise do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA) e da escola de Negócios da Floresta Amazônica no Brasil (Rainforest Social Business School – (RSBS/ UEA)”.

A necessidade de inovação constante e investimentos públicos e privados em processos colaborativos é crucial para garantir o avanço tecnológico, a competitividade e o investimento em bioindústrias. A bioeconomia deve se concentrar na exploração sustentável da biodiversidade, melhorando a economia das cidades do interior da Amazônia, promovendo a produção de produtos florestais. Isso beneficiará as cidades ao abordar infraestrutura, saneamento, telecomunicações, mobilidade, segurança, saúde e condições mínimas de negócios. A Bioeconomia da Sociobiodiversidade ou Bioeconomia Amazônica é uma oportunidade para o Brasil entrar e se tornar uma nova economia que valoriza a flora e a riqueza de forma sustentável. Investimentos em infraestrutura, pesquisa, inovação, capital humano, ciência e tecnologia devem ser bem articulados para promover o desenvolvimento sustentável.

No caso do projeto, “Fibras regionais e bioeconomia: a potencialidade do Curauá”, o uso de fibras naturais constitui prática antiga e rudimentar para a fabricação de utensílios ou produtos usados na pesca e construção de moradias. No caso da Amazônia, o hábito vem desde os povos tradicionais e se intensificou com a exploração econômica dos japoneses na região. O estado do Amazonas é privilegiado com uma vegetação abundante e um dos maiores polos industriais da América Latina. Conectar a rica biodiversidade e a produção industrial através da Bioeconomia Amazônica é o grande desafio regional para levantar a potencialidade do uso do Curauá nos processos produtivos do PIM, ao mesmo tempo em que beneficia a economia do interior e contribui para a preservação do meio ambiente. O Distrito de Novo Remanso localizado em Itacoatiara (AM) recebeu o projeto-piloto com o plantio de 12,5 mil mudas de Curauá o que auxiliará na ampliação e diversificação da matriz do setor primário do Amazonas bem como na geração de emprego e renda de aproximadamente 800 agricultores da região que já plantam abacaxi e agora vão diversificar sua atividade a partir do Curauá (primo do abacaxi).

Michele Aracaty enfatiza que o estado do Amazonas tem duas realidades distintas: uma vegetação abundante e um dos maiores polos industriais da América Latina. Para tanto, conectar a rica biodiversidade e a produção industrial através da Bioeconomia Amazônica é o grande desafio regional.

Nesse aspecto, há a necessidade de outras alternativas de investimentos alinhadas a novas matrizes econômicas tendo o uso do Curauá nos processos produtivos. “A busca pela identificação de novas matrizes econômicas de caráter sustentáveis a partir de produtos da floresta fomenta o desejo pela bioeconomia amazônica e no caso do Curauá, nosso objeto de estudo, a cadeia produtiva atende a todos os requisitos do tripé da sustentabilidade além de gerar emprego e renda a partir da agricultura familiar com foco na substituição da matéria-prima oriunda da Ásia por uma fibra regional sustentável nos processos produtivos dos produtos fabricado no PIM que até então faziam uso do plástico oriundo do petróleo”.

O CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia) iniciou pesquisas há mais de uma década para selecionar as melhores mudas de Curauá, visando atender um projeto-piloto lançado em 2024 no Distrito de Novo Remanso. O uso do Curauá beneficiará o setor termoplástico do Polo Industrial de Manaus, reduzindo custos de produção e elevando o Índice de Regionalização do Produto. A parceria público-privada envolvendo diversas instituições e empresas fomentou o plantio de 12,5 mil mudas de Curauá na região.

“Tal iniciativa contribuirá para a ampliação e diversificação da matriz do setor primário do Amazonas bem como a geração de emprego e renda aos agricultores da região (800 agricultores) que já plantam abacaxi e agora vão diversificar sua atividade a partir do Curauá”, reforçou a docente e especialista em desenvolvimento regional, Michele Aracaty.

Por fim, o interesse na utilização de fibras vegetais por diferentes segmentos da indústria é crescente e as fibras regionais têm potencial de atender a esta demanda por matérias-primas sustentáveis, possibilitando o fortalecimento do processo de transição para uma indústria mais verde.

 

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