O Rio Negro atingiu 13,73 m em Manaus (AM), nesta sexta-feira (13). Essa é a 4ª menor cota da série histórica, iniciada em 1902, atrás das marcas de 13,64 m em 1963; de 13,63 m em 2010; e 12,7 m em 2023.
Com descidas médias diárias de 19 cm, o rio pode registrar, na próxima semana, a mínima recorde na capital amazonense, conforme projeções do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
As informações sobre o cenário na Bacia do Rio Amazonas são apresentadas no 39º Boletim de Monitoramento do SGB e foram divulgadas na Sala de Crise da Região Norte, promovida pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
“As descidas estão muito acentuadas em Manaus e, se continuar com essa média de descida de 19 cm por dia, em uma semana poderemos ultrapassar a marca histórica – que é de 12,7 m registrada em 2013 – e, nas próximas semanas, o Rio Negro pode ficar abaixo dos 12 m”, alertou o pesquisador em geociências Artur Matos, coordenador nacional dos Sistemas de Alerta Hidrológico do SGB. Ainda segundo Matos, o Negro pode permanecer por mais dois meses abaixo da cota de 16 m em Manaus, considerando o que foi observado no ano passado e que se assemelha ao cenário atual.
Na maior parte da Bacia do Amazonas, os rios estão abaixo da faixa da normalidade para o período e, em algumas delas, as cotas já chegaram aos níveis mais baixos da história.
Nesta sexta-feira (27), foi registrada a mínima histórica de 37 cm no Rio Solimões, em Itapéua (AM); de 7,38 m no Solimões, em Fonte Boa (AM); e de 4 m no Rio Purus, em Beruri (AM). O Rio Solimões, em Manacapuru (AM), pode também registrar a mínima histórica nos próximos dias.
A cota atual é de 3,47 m – a 2ª menor da história, atrás da marca de 3,11 m em 2023.