Riscos à saúde aumentam durante o período de chuvas intensas

Leptospirose, hepatite A e doenças diarreicas estão entre as doenças relacionadas ao contato com água contaminada Foto: Clóvis Miranda/DPE-AM
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Os últimos dias foram marcados por fortes chuvas em diversos estados do Brasil, resultando em enchentes, deslizamentos e prejuízos para milhares de pessoas. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a previsão é de que as chuvas intensas continuem nos próximos dias, com alertas emitidos para áreas de risco em estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

 

 

O acumulado de chuvas já ultrapassou a média esperada para o mês em algumas regiões, e as autoridades locais reforçam o monitoramento de áreas vulneráveis a deslizamentos e alagamentos.

 

 

 

É comum que nessa época do ano a ocorrência de chuvas de curta duração e de forte intensidade, aumentem e com isso, crescem também o número de casos de Leptospirose, doença transmitida pelo contato com a urina de ratos, Hepatite A e Doenças Diarreicas Agudas (DDA).

 

 

Para auxiliar nos cuidados com a saúde no período mais chuvoso do ano, o infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Filipe Piastrelli, orienta como se proteger.

 

 

Para evitar a Leptospirose é importante minimizar ao máximo o contato com a água suja e barrenta. Além disso, sair rapidamente do ambiente atingindo é fundamental para que as bactérias não penetrem na pele, afirma o especialista.

 

 

Os principais sintomas da Leptospirose são dores pelo corpo principalmente nas panturrilhas, febre, icterícia rubínica (coloração amarelada na pele e nos olhos, que por vezes podem ficar avermelhados) e dor de cabeça.

 

 

O período de incubação da doença pode chegar a até 30 dias, mas normalmente os sintomas se manifestam entre 7 e 14 dias após a exposição ao risco. O diagnóstico da doença é feito por meio de exame de sangue.

 

 

 

O tratamento da Leptospirose consiste no uso de antibióticos e medidas de suporte clínico, muitas vezes requer internação hospitalar. “A qualquer sinal dos primeiros sintomas é importante procurar um médico e relatar o contato com a enchente, para que seja feita uma melhor avaliação clínica para a possibilidade de Leptospirose e o tratamento seja instituído precocemente caso seja pertinente. A Leptospirose pode evoluir com comprometimento renal, hepático e pulmonar e até mesmo levar à morte.”, explica o infectologista.

 

 

Já a Hepatite A é uma infecção causada pelo vírus A da hepatite (HVA) e que pode ser contraída quando há o consumo de alimentos ou líquidos contaminados. Os primeiros sintomas da doença são perda de apetite e dores abdominais. É importante lembrar que é possível evitar essa doença por meio da vacinação.

 

 

As Doenças Diarreicas Agudas são caracterizadas por uma infecção gastrointestinal, que pode ser causada por diferentes agentes, como bactérias, vírus ou parasitas. A doença altera a consistência das fezes, que fica aquosa ou pouco consistente, e há o aumento do número de evacuações em 24 horas, quadro que pode ser acompanhado de vômitos.

 

 

Segundo o Dr. Filipe Piastrelli, essas doenças aparecem de forma silenciosa e por isso, as pessoas que tiveram contato com água contaminada devem procurar ajuda médica o quanto antes.

 

 

 

Dengue

 

Os períodos de chuvas intensas, aumenta a preocupação dos especialistas também com a proliferação dos casos de Dengue que são provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, cuja reprodução é maior durante a estação mais quente do ano.

 

 

Segundo o Ministério da Saúde em 2024, o Brasil registrou um aumento significativo nos casos de dengue. Até 28 de dezembro de 2024, foram notificados 6.484.890 casos prováveis da doença, com 5.972 mortes confirmadas e 908 óbitos em investigação.

 

 

Comparado ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1,3 milhão de casos prováveis e 1.179 mortes ao longo do ano, houve um aumento de aproximadamente 400% nos casos e de mais de 400% nas mortes em 2024.

 

 

Os principais sintomas dessas doenças são febre alta, manchas na pele, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente nas articulações. Quem apresenta esses sintomas deve procurar atendimento médico, pois são doenças potencialmente graves.

 

 

 

“A principal forma de prevenção é eliminar pontos que podem acumular água parada e que provocam o surgimento de poças de água, locais propícios para a proliferação das lavas do mosquito transmissor dessas três doenças. Para isso, é importante manter caixas d´água bem tampadas, evitar o acúmulo de lixo, realizar a limpeza frequente de ralos, calhas além de eliminar pratos em vasos de plantas”, reforça Dr. Filipe.

 

 

 

Em fevereiro de 2024, o Ministério da Saúde iniciou a vacinação contra a dengue, incorporando o imunizante Qdenga ao Calendário Nacional de Vacinação. O esquema vacinal consiste em duas doses, com intervalo de três meses entre elas. A vacina é tetravalente, produzida a partir do vírus vivo atenuado, visando fortalecer a resposta imunológica.

 

 

 

O que fazer em casos de enchentes

 

Caso você tenha sido vítima de uma inundação, a limpeza dos ambientes atingidos deve ser feita quando a água baixar e sempre com o uso de protetores como luvas, botas impermeáveis ou sacos plásticos duplos para pernas e braços.

 

 

 

O que não puder ser recuperado deve ser descartado e o barro que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removido usando escova ou vassoura, sabão e água limpa. Para a limpeza de ambientes e superfícies deve-se utilizar produtos à base de hipoclorito de sódio (como água sanitária).

 

 

 

Todos os alimentos que tiveram contato com a água das enchentes devem ser jogados fora, pois mesmo quando lavados e secos, ainda podem estar contaminados.

 

 

 

Atenção com as crianças, elas não devem jamais brincar com a água suja das poças e inundações.

 

 

 

 

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