A seca se intensificou entre os meses de março e abril, em todos os estados do Nordeste, além de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
O Nordeste passa pela situação mais severa, com 29% do território com registro de “seca grave”. No Estado de Pernambuco, por exemplo, a seca está presente em todo o território há oito meses. A última vez que a estiagem durou tanto tempo, foi em 2017. Já na região Sul do país, o fenômeno pode ser observado em 90% do território. As informações são da atualização mais recente do Monitor de Secas, divulgada nessa quinta-feira (22).
No sentido oposto, o fenômeno foi menos severo no mês passado, em pelo menos, sete estados: Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
Nos demais estados e no Distrito Federal, o fenômeno climático se manteve estável, ou ausente, como é o caso do Pará; e no caso de Rondônia e Roraima, o volume de chuvas se manteve acima da média durante todo mês de abril. Mesmo assim, a situação não é menos preocupante. O Distrito Federal, por exemplo, apresenta clima considerado “seco” por 12 meses seguidos. A última vez que isso aconteceu foi há cinco anos.
Levando em conta a extensão, a área com o fenômeno recuou mês passado. O Monitor de Secas registrou uma queda de 6,3 milhões de km² para 4,6 milhões de km², o equivalente a mais da metade do território brasileiro.
O Monitor faz o acompanhamento contínuo, seguindo o modelo de acompanhamento usado nos Estados Unidos e no México, e auxilia no planejamento e na execução de políticas públicas.
Agência Brasil
