Trilhas Amazônicas: A tecnologia atua para mapear a biodiversidade

Podcast traz exemplos de pesquisas sobre consequências do desmatamento. Foto: © Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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Neste quarto episódio do podcast Trilhas Amazônicas vamos saber como a tecnologia tem contribuído para estudar e conservar a biodiversidade na Amazônia.

 

E começamos com o diretor técnico científico do Instituto Mamirauá, que é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Emiliano Sterce Ramalho, que compara os sons da floresta há uma orquestra com muitos instrumentos.

 

O canto dos pássaros. A vibração da onça-pintada ao caminhar pela mata. A comunicação entre os peixes-boi na profundeza dos lagos. No interior da Amazônia, sons da floresta funcionam como uma orquestra filarmônica. E mesmo ouvidos destreinados conseguem perceber a sinfonia.

 

“Então, mesmo que a gente não identifique todas as espécies, a gente está escutando a orquestra completa, né. A gente sabe que tem uma diversidade de instrumentos. Quando a gente começar a tirar os instrumentos, você vai detectar isso.”

 

O Emiliano começou a trabalhar com monitoramento de bichos nos anos 2000, com a contagem do pirarucu. Depois, o biólogo se tornou um dos maiores especialistas em onças-pintadas, principalmente em ambientes de várzea. E hoje, o trabalho envolve monitorar toda a biodiversidade do Mamirauá, a primeira Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Brasil. E para isso os aparelhos high tech são essenciais, já que a simples presença humana interfere no comportamento dos animais.

 

Uma outra forma de entender as dinâmicas climáticas da Amazônia é olhar para árvores e vegetações nas áreas que inundam com a cheia dos rios.

 

São novos caminhos percorridos pela ecologia digital. Este é o foco principal do trabalho do Thiago Sanna Freire Silva, cientista e professor sênior da Universidade de Stirling, no Reino Unido. Ele pesquisa como as mudanças na hidrologia, ou seja, no nível da água durante secas e cheias, afeta o ecossistema.

 

Ao rastrear a saúde das zonas úmidas durante anos, o cientista distingue as áreas que precisam ser protegidas antes que os danos se tornem irreversíveis.

 

Saindo das áreas inundadas, vamos para as alturas para saber como os sinais do desmatamento e da crise climática são percebidos no ar.

 

Luciana Gatti é química e trabalha no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Desde 2003, ela atua na área de mudanças climáticas, com foco no papel da Amazônia na emissão e absorção de carbono.

 

E em suas pesquisas ela aponta que a Amazônia virou fonte de carbono. As análises mostram que, atualmente, a floresta emite mais gases do efeito estufa do que absorve. Mas isso varia entre as áreas pesquisadas, quanto mais desmatamento mais alta são as taxas de carbono no ar.

 

A mudança de padrão climático também pode ser observada no regime de chuvas. Segundo a Luciana, a perda de precipitação é diretamente relacionada com o desmatamento.

 

A cientista explica que a floresta está perdendo a capacidade de regular o clima. A situação já está muito perto de um ponto onde não será mais possível consertar as coisas. O chamado ponto de não retorno.

 

Os impactos na Amazônia são sentidos em todo o país, com reflexos no planeta.

 

No próximo episódio, vamos trazer histórias de como a arte se mistura com a política, a luta contra a devastação da floresta e a crise climática.

 

O podcast Trilhas Amazônicas é uma parceria entre a Agência Brasil e a Radioagência Nacional. A série abre o ano da Trigésima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, a ser realizada em Belém, em novembro. Serão sete episódios publicados toda sexta-feira na Radioagência Nacional e nos tocadores de áudio.

 

Você pode conferir, no menu abaixo, a transcrição do episódio, a tradução em Libras e ouvir o podcast no Spotify, além de checar toda a equipe que fez esse conteúdo chegar até você.

 

Agência Brasil

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