Morreu, neste domingo (12/02), o ex-governador do Amazonas, Amazonino Mendes, aos 83 anos.
Amazonino disputou sua última eleição em outubro do ano passado, tentando cargo de governador do estado pela quinta vez.
O político deixa três filhos.
O quadro de saúde de Amazonino veio se agravando ao longo dos últimos anos . Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o dia 25 de dezembro.
Em novembro do ano passado, Mendes foi internado pela primeira vez para tratar uma crise de diverticulite – inflação no intestino grosso – e uma pneumonia. Na época, o ex-governador chegou a ser levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Ainda não há informações sobre o velório e o traslado do corpo para Manaus, onde o político deve ser velado e sepultado.
Carreira de 40 anos na Política do Amazonas
Natural de Eurinepé, no interior do Amazonas, Amazonino veio ainda jovem para Manaus onde fez direito na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Durante anos, foi considerado o herdeiro político de Gilberto Mestrinho. O primeiro mandato foi em 1983 , quando foi nomeado prefeito da capital. Em 1987, Amazonino Mendes começou o primeiro dos quatro mandatos como governador do Amazonas.
Mendes também atuou nacionalmente. Esteve em Brasília, em 1991 e 1992, como senador da República.
Mas foi no Amazonas que o político conhecido como “Negão” dedicou mais tempo de sua vida pública. Em 1994, Amazonino foi novamente eleito governador do Estado e reeleito em 1998.
Amazonino voltou a cena poítica em 2008 quando foi eleito novamente à prefeitura de Manaus. E em 2017, voltou a assumir o Governo do Amazonas por meio de eleições suplementares para substituição do então governador José Melo e do vice Henrique Oliveira. Tentou a reeleição em 2018, mas foi derrotado pelo estreante Wilson Lima.
Fui eu que fiz
Amazonino ficou famosos por alguns episódios polêmicos. E por frases cérebres como o “Fui eu que fiz” dito por ele para ressaltar suas obras enquanto governador.
Amazonino criou o polo graneleiro de Itacoatiara (AM) e a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás). Implantou também o programa denominado Terceiro Ciclo, destinado a promover o desenvolvimento do interior do estado através da produção de grãos.
Também foi durante o seu governo, a criação da UEA Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em 2001.
Então Morra
Sem muitos filtros, Amazonino foi alvo de criticas em muitas de suas falas. Como em 2011, durante o mandato como prefeito, quando discutiu com uma moradora da periferia de Manaus, onde morreram uma mulher e duas crianças soterradas sob um barranco.
O episódio foi na comunidade Santa Marta, na Zona Norte da capital amazonense. Ao responder a mulher que insistia em morar no local insalubre, Mendes soltou a frase que ficou famosa: “Minha filha, então morra, morra”.