O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) acatou a denúncia do Ministério Público do Amazonas (MPAM) contra 16 policiais militares da Rocam, por envolvimento no caso conhecido como Chacina do Ramal Água Branca. A prisão cautelar dos policiais foi mantida, por mais 90 dias, período em que devem ocorrer sucessivas revisões da situação prisional dos envolvidos.
Conforme a denúncia, os 16 agentes policiais assassinaram Alexandre do Nascimento Melo, Valéria Pacheco da Silva, Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Gemaque, por volta das 3h do dia 21/12/2022.
A denúncia foi assinada pelos Promotores de Justiça Armando Gurgel Maia, Clarissa Moraes Brito, Lilian Nara Pinheiro de Almeida e Marcelo de Salles Martins, tendo por base diligências e peças informativas produzidas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros e também pela 61ª Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, a cargo do Promotor de Justiça Armando Gurgel Maia.
“Em síntese, os 16 policiais militares foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado, que impossibilitou a defesa das vítimas, cometido por quatro vezes. A acusação foi produzida com base em provas colhidas nos autos, que asseguram a participação dos policiais e de suas respectivas equipes na prática criminosa”, resumiu o Promotor de Justiça Armando Gurgel Maia.
Na tarde do dia 24 de dezembro do ano passado, 12 policiais foram presos suspeitos de envolvimento no crime. Por volta de 14h do mesmo dia, os presos chegaram à Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), acompanhados de vários policiais da Rocam, grupo de polícia do qual os presos faziam parte.