Uma operação do Ibama, em parceria com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), apreendeu 26 animais silvestres utilizados como atração turística em Novo Airão, no interior do Amazonas.
A ação também contou com a participação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Batalhão de Polícia Ambiental do Amazonas (BPAmb/AM) e Exército Brasileiro (CIGs/AM).
Entre os animais apreendidos, cinco araras, duas cobras sucuris, três jiboias, seis jabutis, um matamatá (espécie de cágado de água doce), um periquitão maracanã, dois papagaios, três macacos pregos e três pirarucus. 13 animais são especialmente protegidos, constantes na lista do Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites).
Os animais eram mantidos sem a licença do Ipaam e em condições de contato direto e frequente de visitantes, que pagavam para frequentarem o sítio e manuseavam os animais, incentivados pelo dono da propriedade.
O empreendedor tentou justificar a manutenção dos animais alegando que realizava o resgate e o tratamento das espécies, porém, sem qualquer tipo de acompanhamento veterinário ou habilitação técnica, comprovados no ato fiscalizatório.
Além disso, segundo o Ipaam, as interações irregulares com os animais eram publicadas em redes sociais, com o objetivo de garantir mais visitantes para o local.
Sete autos de infração ambiental foram lavrados, por uso dos espécimes, abusos, maus tratos, uso comercial de imagens dos animais em situação irregular, funcionamento de atividade turística com fauna silvestre sem licenciamento ambiental, inexistência no Cadastro Técnico Federal (CTF) e uso de motosserra sem licença. As multas totalizam o valor de R$ 234 mil.