O tradicional Abacaxi de Novo Remanso agora está entre os produtos alimentícios destinados a incentivar a agricultura familiar e combater a insegurança alimentar no município de Itacoatiara (a 276 quilômetros a leste de Manaus). Isso porque a fruta foi incluída no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), mediante convênio firmado entre a prefeitura itacoatiarense e o Governo Federal.
O lançamento oficial do PAA Municipal ocorreu durante a programação da 1ª Feira do Agronegócio de Itacoatiara, na segunda-feira (24/04).
“Nos dá orgulho de fazer a primeira chamada pública no Brasil de um produto com IG, do nosso abacaxi, que vai chegar nas famílias com necessidade, em especial porque sabemos a importância que essa fruta tem como valor nutritivo e a gostosura. É o abacaxi mais doce do Brasil”, declarou o prefeito Mário Abrahim.
“É uma grande conquista para os produtores de abacaxi que terão um diferencial de valor agregado ao produto oriundo de IG”, destacou a chefe do escritório do Sebrae em Itacoatiara, Jady Costa. “Itacoatiara está sendo pioneira nessa iniciativa, valorizando a utilização a IG do abacaxi, que é fruto de um trabalho de anos desses produtores e das instituições parceiras”, observou.
Entre essas instituições, além do Sebrae Amazonas e da Secretaria de Produção e Abastecimento de Itacoatiara, atuaram o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Fórum Origens Amazonas, Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam).
Histórico
Novo Remanso recebeu a concessão de Indicação Geográfica para o produto abacaxi, na espécie indicação de procedência (IP), em junho de 2020. A IG também foi concedida em nome da Associação dos Produtores de Abacaxi da Região de Novo Remanso (ENCAREM).
De acordo com o levantamento usado para pleitear esse selo, há mais de 50 anos são desenvolvidas atividades voltadas para a cultura do abacaxi nas comunidades de Novo Remanso e Vila do Engenho, no município de Itacoatiara, em Caramuri, território de Manaus, e em áreas do município de Rio Preto da Eva.
A mão-de-obra familiar é uma prática muito utilizada nessa cultura, tanto nos plantios tradicionais como nos semimecanizados, o que fez dela o principal meio de subsistência da região.