Curso de manejo clínico da sífilis e outras ISTs é direcionado para médicos e enfermeiros que atuam na zona Leste

Em 2022, Manaus registrou 6.177 casos de sífilis. Fotos - Divulgação / Semsa
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A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou nesta quarta-feira (10/05), o curso “Manejo da Sífilis e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)”, direcionado para médicos e enfermeiros que atuam na zona Leste da capital.

A programação realizada na Unidade Básica de Saúde (UBS) Gebes Medeiros, no bairro Jorge Teixeira, segue até esta quinta-feira (11/05), das 8h às 12h.

A técnica da gerência de Vigilância Epidemiológica da Semsa, enfermeira Ylara Enmilly Siqueira Costa, explicou que o curso é o segundo de uma série de cinco capacitações que têm o objetivo de qualificar o atendimento à população nos cinco Distritos de Saúde (Disas) em Manaus, atendendo também as zonas Sul, Norte, Oeste e rural.

“A programação iniciou dia 3 de maio com profissionais do Disa Sul, mas será concluída até o início de junho nos cinco Disas. A intenção é reforçar a qualificação dos profissionais no atendimento às pessoas com sífilis, abordando o cenário epidemiológico atual da doença em Manaus, as ações de vigilância, o fluxo de atendimento, manejo clínico e o seguimento do atendimento, incluindo outras ISTs”, informou Ylara.

Segundo a enfermeira, o foco principal do curso é o manejo da sífilis, que é a IST com maior registro de casos no município de Manaus, sendo um grave problema de saúde pública e que foi considerada pelo Ministério da Saúde como uma epidemia no final do ano de 2016.

A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum e pode ser transmitida por meio da relação sexual (adquirida ou em gestantes) ou da transmissão vertical, da mãe para o feto (congênita).

Em 2022, Manaus registrou 6.177 casos de sífilis, incluindo sífilis adquirida (177,1 casos a cada 100 mil habitantes), em gestantes (54,1 casos a cada 1.000 nascidos vivos) e sífilis congênita (8,8 casos a cada 1.000 nascidos vivos).

“A sífilis congênita ocorre quando crianças nascem com a doença transmitida da mãe para o bebê durante a gestação, e pode ser evitada quando a gestante realiza pré-natal de forma correta, faz os exames para detecção da sífilis e realiza o tratamento em tempo oportuno. Nesse contexto, o curso também será uma oportunidade para reforçar junto aos profissionais a importância do acompanhamento da gestante na prevenção e controle da sífilis, assim como outras ISTs”, disse Ylara.

As complicações da sífilis congênita incluem abortamento espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, alterações ósseas, deficiência mental e mesmo morte ao nascer. As manifestações clínicas podem surgir nos primeiros três meses, durante ou após os dois anos de vida da criança.

O gerente de Vigilância em Saúde do Disa Leste, enfermeiro Arlysson Oliveira, informou que 30 profissionais da zona Leste estão participando do curso. “O objetivo final é reduzir a incidência da sífilis adquirida, que é totalmente evitável com o uso do preservativo, evitar a sífilis congênita e fortalecer o manejo clínico dos casos diagnosticados”, afirmou.

A enfermeira Francinete Vasconcelos, servidora da Clínica da Família Senador Severiano Nunes, é uma das participantes do curso e conta que a unidade de saúde registra um elevado número de atendimentos para pacientes com sífilis e que as grávidas recebem uma atenção especial para evitar a sífilis congênita, iniciando na primeira consulta do pré-natal e com a oferta do teste rápido para diagnóstico da doença no primeiro trimestre de gestação, mantendo o acompanhamento até o terceiro trimestre.

“No atendimento no pré-natal, após o teste rápido, temos o cuidado em não mandar a grávida para casa sem iniciar o tratamento imediatamente. Também é feito o teste rápido no terceiro trimestre para identificar se houve reinfecção e é realizado o acompanhamento para o tratamento do parceiro. A capacitação é uma forma de ter mais informações sobre as formas de abordagem e o encaminhamento com equipe multidisciplinar, quando for necessário”, destacou Francinete.

ISTs

Em 2023, Manaus já registrou 422 casos de sífilis em gestantes, 64 casos de sífilis congênita e 701 casos de sífilis adquirida. Também houve o registro de 165 casos novos de HIV e 48 casos de Aids este ano, sendo que no ano passado o número de casos de HIV chegou a 1.848 casos e de Aids ficou em 546 casos.

O município de Manaus registrou ainda, em 2023, 26 casos de hepatite B, 20 casos de hepatite C e dois casos de hepatite D. O número registrado de casos novos de Síndrome do Corrimento Uretral Masculino, causada pela clamídia, gonorreia, tricomoníase e o Mycoplasma Gennitalium, chegou a 53 casos este ano.

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