A Maternidade Dr. Moura Tapajóz (MMT) iniciou a sua programação de atividades alusivas à Semana Mundial de Aleitamento Materno (Smam) e ao Agosto Dourado. Este ano, o tema definido pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), e seguido pela unidade de saúde, é “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”.
O diretor da MMT em exercício, Álvaro Leandro Queiroz, esclareceu que o leite materno é conhecido como o “padrão ouro” da alimentação, porque é o alimento mais completo para o bebê, tendo tudo o que ele precisa para se desenvolver de forma saudável até os seis meses de vida. “É o alimento que tem todos os nutrientes específicos para cada necessidade do bebê e ainda estimula o desenvolvimento de seu sistema imunológico”, explicou.
A partir dos seis meses, a orientação do Ministério da Saúde é que o bebê continue sendo amamentado até os dois anos ou mais e seja introduzida alimentação complementar saudável.
Em 2023, a Smam objetiva apoiar mães trabalhadoras que amamentam. Por isso, a programação é voltada para a apresentação de perspectivas e necessidades de mães e pais que tentam conciliar rotina de trabalho e a amamentação, para que possam ser discutidas e implementadas alternativas, mudanças e intervenções nos locais de trabalho com o propósito de alcançar o fortalecimento da prática da amamentação.
Publicado em 2021, o mais recente Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) indica que, em 2019, apenas 45,8% das crianças menores de seis meses de todo o país eram alimentadas exclusivamente com leite materno. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que, até 2025, ao menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. Até 2030, a meta é que esse índice chegue a pelo menos 70%.
“É necessário apoiar todas as mães após o parto, mas aquelas que trabalham fora encontram dificuldades extras para manter a amamentação. Então, uma rede de apoio formada por pais, familiares, amigos, profissionais de saúde, e, posteriormente, também pelos empregadores, é essencial para garantir o sucesso do aleitamento, não apenas o exclusivo nos primeiros seis meses de vida, mas também para que as mães persistam amamentando nos dois primeiros anos, como preconizado pela OMS”, destacou a neonatologista responsável pelo Ambulatório Terceira Etapa Canguru, Follow Up e pelo Posto de Coleta de Leite Humano da MMT, Briza Claudiamara Rocha.
A médica acrescenta que as crianças amamentadas têm menos alergias, infecções, diarreias, doenças respiratórias e otites, menores chances de desenvolver obesidade e diabetes tipo 2, além de terem maiores oportunidades de possuírem melhor desempenho em testes de inteligência e de se transformarem em adultos mais saudáveis e produtivos.