Eventos no Museu das Culturas Indígenas celebram a presença dos povos originários em SP

Eventos no Museu das Culturas Indígenas celebram a presença dos povos originários em SP
Foto: Maurício Burim/MCI
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Neste mês, o Museu das Culturas Indígenas (MCI) realizará uma série de eventos para fortalecimento e difusão da presença e realidades dos povos indígenas em São Paulo. Lideranças, ativistas e artistas contarão histórias, lutas e vivências em diferentes regiões do estado.

O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

Segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo, o estado conta com 38 terras indígenas, sendo que 31 contam com algum reconhecimento pela Funai. As demais ainda aguardam pelo início dos procedimentos de demarcação. Por ser uma região com grande desenvolvimento econômico, as terras indígenas no estado estão em constante pressão e ameaças por empreendimentos privados.

Os indígenas em contexto urbano representam 91% da população dos povos originários no estado, segundo dados do Censo de 2010. A capital paulista é o 4º município com maior presença indígena no Brasil, com destaque para a comunidade Pankararu no Real Parque, onde vivem mais de 150 famílias e 600 indígenas da etnia.

Realidades indígenas em SP

Representantes dos povos Terena, Pankararu, Kaingang e Tupi Guarani compartilharão aspectos de suas culturas, saberes ancestrais e ativismo para garantia do território em quatro imersões realizadas em agosto. As discussões fazem parte do processo colaborativo coletivo para construção de materiais referenciais de pesquisa para a nova exposição do Museu das Culturas Indígenas, que trata sobre a presença indígena no estado, com previsão de abertura em março de 2024.

Encontro sobre Museologia Indígena realizado em maio deste ano. Foto: MCI

No primeiro encontro, lideranças e ativistas das Terras Indígenas em Guarulhos, São Paulo, Braúna e Arco Íris contarão suas lutas por moradia e suas concepções de terra e território. O esforço constante pela demarcação e o retrocesso do Marco Temporal também serão reforçados e compartilhados com o público que acompanhará o evento.

Como desdobramento das questões sobre território, o encontro seguinte contará com a presença de indígenas de Avaí, São Paulo, Braúna, Guarulhos, Arco Íris e Peruíbe, que compartilharão histórias de seus territórios, vivências e experiências. As atividades acontecerão em 05 de agosto, às 11h e às 15h.

A arte e o artesanato são métodos de transmissão entre gerações de saberes e histórias dos povos originários. Os grafismos e as pinturas feitas pelos indígenas marcam a identidade dos povos e trazem particularidades e simbologias de cada etnia. O terceiro encontro receberá representantes para conversar com o público sobre produções de arte, como grafismos, grafite, artesanato, canto e dança, em 12 de agosto, às 11h. No mesmo dia, às 15h, outro debate mostrará o fortalecimento da identidade dos povos indígenas por meio das línguas maternas. Os participantes vão compartilhar suas ações de retomada e a importância dos idiomas originários para conservação das culturas.

Presença na periferia

Artistas indígenas compartilham suas produções. Foto: MCI

Em 20 de agosto, das 15h às 18h, indígenas da periferia paulistana apresentarão música, dança, grafitagem e outras manifestações artísticas embaladas por conhecimentos, descobertas e vivências coletivas. A grafitagem será comandada por Auá Mendes, indígena Mura de Manaus (AM), artista visual, designer, ilustradora, grafiteira e muralista, com a produção de pinturas sobre mulheres indígenas.

Promovendo tradições 

Para os povos originários, a comida é um elemento fundamental para estabelecer relações de proximidade, afeto e fortalecimento cultural. Com o intuito de difundir suas tradições, a Associação Pankararu realizará, na ONG Casulo, no Real Parque, zona oeste da capital, a Ação extra-muros: Encontro Anual Pankararu, em 26 de agosto, às 10h. Serão distribuídas comidas típicas da etnia: arroz, pirão de carne e garapa (rapadura).

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