A juíza Juliana Benevides de Barros Araújo aceitou a denúncia que o Ministério Público do Rio de Janeiro fez, contra Marcius Melhem, por assédio sexual contra três das oito mulheres que o acusaram em inquérito aberto na Delegacia de Atendimento à Mulher do Rio (Deam). Uma das denúncias descartadas é a da atriz Dani Calabresa.
Com essa decisão, o ex-diretor da Globo virou réu no processo em questão e responderá às acusações na Justiça, mas uma ação protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) ainda pode mudar os rumos do caso. Os advogados questionam o STF a escalação recente da promotora Isabela Jourdan especificamente para atuar no caso feita pelo MPRJ. De acordo com a defesa do ator, isso fere o princípio do promotor natural, mas a decisão está nas mãos do ministro Gilmar Mendes.
À Veja, os defensores de Melhem avisaram que vão recorrer da decisão: “A escolha ilegal de uma promotora que não teve nenhum contato com as investigações, em evidente violação ao princípio do promotor natural, fato gravíssimo já levado à apreciação do Supremo Tribunal Federal, resultou, como se esperava, em uma denúncia confusa e inteiramente alheia aos fatos e às provas”.
“Ignorando totalmente os elementos de informação do Inquérito Policial, a denúncia acusa Marcius Melhem do crime de assedio sexual contra três das oito supostas vítimas. No momento oportuno, esta absurda acusação será veementemente contestada pela defesa do ex-Diretor, que segue confiante na Justiça, esperando que a Magistrada não dê prosseguimento ao processo, como lhe faculta a lei”, completou a nota assinada pelos advogados Ana Carolina Piovesana, José Luis Oliveira Lima, Letícia Lins e Silva e Técio Lins e Silva.