Cinco investigadores da Polícia Civil e um advogado foram condenados à prisão pela Justiça do Amazonas. A juíza Rosália Guimarães Sarmento, da 2ª Vara de Entorpecentes de Manaus, proferiu a decisão, que está relacionada ao conhecido “Caso Wallace”, um esquema criminoso supostamente comandado pelo falecido ex-deputado estadual Wallace Souza.
Os policiais civis condenados e suas respectivas penas são:
André Serguey Aguiar da Cunha, condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos e 2 meses de prisão);
Carlos Benjamin Silva da Conceição, condenado por extorsão mediante sequestro (14 anos de prisão);
Carlos Gonzaga Oliveira Lima, condenado por associação para o tráfico e concussão (11 anos e 2 meses de prisão);
Haryton Batista de Carlos, condenado por concussão (8 anos e 2 meses de prisão);
Manuel Silva de Alencar, condenado por corrupção passiva (7 anos de prisão).
Além das penas, todos perderão seus cargos na corporação.
Segundo as investigações, o grupo recebia propinas em troca de apoio às atividades da organização criminosa, sendo delatados por um ex-policial militar chamado Moacir Jorge Pessoa da Costa, conhecido como Moa, que morreu durante uma rebelião em maio de 2017 no Complexo Penitenciário Anisio Jobim (Compaj).
A juíza destacou que os crimes cometidos pelos policiais civis prejudicam a dignidade das instituições públicas, que devem se pautar pelos princípios da moralidade e probidade administrativa. A decisão também incluiu um mandado de afastamento do cargo para ser encaminhado ao secretário de segurança pública do Amazonas, coronel Marcus Vinícius Oliveira de Almeida.
Além dos policiais, um advogado da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional Amazonas também foi condenado a 12 anos de prisão por extorsão mediante sequestro. A juíza solicitou à OAB que tomasse as medidas cabíveis em relação ao advogado condenado.