Até o final desta semana cerca de 20 mil pessoas receberão ajuda humanitária, o que representa mais de 5,3 mil famílias moradoras de comunidades isoladas pela estiagem histórica deste ano. A afirmação é do prefeito David Almeida, em entrevista à rádio Bandeirantes, na segunda (16/10).
Mais de 5,3 mil famílias já foram beneficiadas até o momento, com a distribuição de 6.040 cestas básicas e itens de higiene, como ainda com 60 mil litros de água potável, sobretudo, para as comunidades que não possuem poço artesiano ou que o poço ou o lago atendido secou por conta da vazante.
“As nossas estradas são os nossos rios. Com esta estiagem severa, a maior da história, foi necessário montar uma força-tarefa, com várias secretarias municipais, para chegar a mais de 20 mil pessoas que vivem no entorno de Manaus e têm a pesca como a sua atividade principal. Mapeamos as comunidades e ao longo desta semana atenderemos todas as comunidades rurais com ajuda humanitária levando alimentos, kits de higiene e água potável”, relatou David Almeida, ressaltando que a segunda fase das ações será de retorno às famílias já assistidas.
Uma boa notícia, disse ele, é que nas cabeceiras do rio Solimões, em Quito, no Peru, já começam a subida dos rios, com reflexo na cidade de Tabatinga (AM), que fica na tríplice fronteira Brasil-Peru-Colômbia. Mas afirmou também que os próximos dois meses serão de muitos desafios na região, porém, que a prefeitura tem feito o seu dever de casa.
“Tudo o que fizemos até aqui foram com recursos próprios, dos cofres municipais. Começamos a trabalhar desde o início e estamos nos esforçando para dar o mínimo de trabalho aos governos estadual e federal”.
De acordo com o prefeito, que se reuniu nesta manhã com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os recursos federais devem chegar em breve, para ajudar nos meses vindouros.
“Ainda enfrentaremos muitos problemas. Mas, hoje, cai uma chuva torrencial em Manaus, graças a Deus. E acreditamos que seja o prenúncio para o início da cheia dos rios”.