Na terça-feira (31/10) aconteceu a capacitação de 46 profissionais de saúde que irão trabalhar na execução do 2º Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) do ano de 2023, marcado para o período de 6 a 22 de novembro.
Direcionada para Agentes de Controle de Endemias (ACEs) e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) que atuam no Distrito de Saúde (Disa) Leste, a programação faz parte do planejamento para reforçar a preparação de servidores na execução do LIRAa nas quatro zonas urbanas de Manaus.
O chefe do Núcleo de Controle de Agravos Transmitidos por Aedes da Semsa, Edvaldo Rocha, explicou que a capacitação já ocorreu no Disa Oeste e no Disa Sul, e será encerrada nesta quarta-feira, 1º/11, com uma turma de profissionais do Disa Norte.
“A capacitação é um reforço para lembrar sobre a importância da realização do LIRAa, atingindo a cobertura de imóveis planejada e a qualidade do serviço. O LIRAa é a única estratégia que temos para mostrar como está a infestação do Aedes aegypti na cidade de Manaus, uma fotografia do momento atual no município, que vai ajudar a direcionar as ações no controle do mosquito, que é o vetor de transmissão da dengue, Zika e chikungunya”, destacou Edvaldo Rocha.
O LIRAa é realizado duas vezes ao ano em Manaus, com a vistoria de imóveis, selecionados por amostragem, nos 63 bairros do município, quando os agentes de saúde fazem a identificação, eliminação e tratamento de criadouros do mosquito Aedes aegypti, além de ações de Educação em Saúde. No 2º LIRAa do ano de 2023, serão vistoriados 25.760 imóveis, envolvendo o trabalho de 224 servidores dos quatro Distritos de Saúde.
Nas vistorias, os agentes de saúde realizam também a coleta de larvas do mosquito que são encaminhadas para análise em laboratório, e é feita identificação da espécie do mosquito. A partir desse processo, a Semsa faz o mapeamento das áreas e identifica o índice de infestação do Aedes em cada localidade, que pode ser alto, médio ou de baixo risco.
Os agentes de saúde também identificam os tipos predominantes de depósitos que podem servir como criadouros do mosquito, o que permite a elaboração de estratégias para o enfrentamento das vulnerabilidades específicas em cada bairro e o direcionamento às ações de forma mais efetiva para o controle do Aedes.
Conduzindo a capacitação do Disa Leste, o ACE Edney Lopes explicou que os agentes de saúde receberam orientação sobre o cálculo do índice de infestação, como realizar a coleta adequada de larvas, a eliminação de criadouros, o tratamento com larvicida quando necessário e o trabalho de Educação em Saúde junto aos moradores.
Segundo o ACE, o reforço do treinamento é uma estratégia para que seja possível obter um avanço contínuo no controle do Aedes. “Com os resultados do primeiro LIRAa de 2023, realizado em abril, fizemos um plano de trabalho para o controle do Aedes na zona Leste de Manaus, visitando as localidades de maior risco, eliminando criadouros e orientando os moradores sobre as formas de prevenção. Atualmente, a zona Leste apresenta uma redução de quase 50% de casos de doenças transmitidas pelo Aedes, em comparação com o ano passado”, afirmou Edney Lopes.
A ACS Keize Oliveira, que atua na Unidade Básica de Saúde (UBS) Gebes Medeiros, no bairro Jorge Teixeira, participou pela segunda vez da capacitação e destacou a importância do envolvimento com as ações do LIRAa em benefício da população.
“O LIRAa é muito importante e a gente acaba ajudando as comunidades que têm carência de informação, encontra pessoas que não entendem o risco do acúmulo de água, e faz o trabalho de Educação em Saúde. E muitas vezes a gente encontra pessoas que perguntam sobre várias coisas e acaba ajudando ainda mais do que imagina”, afirmou Keize Oliveira.
Casos
Na consolidação de dados de janeiro a 9 de outubro deste ano, o município de Manaus registrou 495 casos confirmados de dengue, em uma redução de 52% em relação ao mesmo período de 2022, quando houve o registro de 1.034 casos.
Além de casos de dengue, Manaus registrou este ano 21 casos confirmados de zika vírus, em uma redução de 63,8% em comparação com ano passado; e 36 casos confirmados de chikungunya, com redução de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado.