Projeto Rede de Monitoramento Ambiental no TI Yanomami e Alto Amazonas vai avaliar a presença de substâncias químicas nos rios da bacia Amazônica

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O lançamento significa, na prática, a implementação da primeira etapa do projeto, abrangendo a coleta de amostras em Roraima (RR) e em unidades de conservação próximas a TI Yanomami. Foto: Reprodução
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O Ibama lançou, nesta sexta-feira (10), o Projeto Rede de Monitoramento Ambiental no Território Indígena Yanomami (TIY) e Alto Amazonas. O Projeto vai avaliar a presença de substâncias químicas, incluindo mercúrio, nos rios da bacia Amazônica. Os resultados vão subsidiar medidas preventivas para as comunidades locais e de mitigação dos danos ambientais. A proposta é saber a quantidade de produtos químicos que se encontram nos rios, peixes e população.

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Diretora Substituta da Diqua, Rosangela Muniz

De acordo com a diretora substituta de Qualidade Ambiental (Diqua), Rosangela Muniz, o Projeto Rede de Monitoramento prevê 300 aldeias no território Yanomami como pontos de coletas. Inicialmente, a partir de 20 de novembro, 50 bases em confluências de rios passarão a operar. Rosangela afirma que a consolidação da Rede se tornou uma realidade a partir da superação de desafios.

“A gente combate a poluição sem usar armas. Nossa arma é o conhecimento técnico, e este projeto começou a ser construído há vários meses. Superamos alguns obstáculos, como a logística, porque precisamos criar acessos aos territórios. Desafio de comunicação, para construirmos diálogos com as lideranças e para articularmos com outras instituições”, avalia a coordenadora-geral da Diqua.

Para o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, a iniciativa é o início de um trabalho importante, que pode ser compartilhado com a sociedade, dando oportunidade para que comunidades locais possam ser treinadas para realizar suas próprias análises químicas.

 

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Presidente do Ibama Rodrigo Agostinho
“Isso se chama ciência cidadã. Estamos discutindo a implementação do embrião de uma Rede de Monitoramento. Mas pela importância do tema mercúrio na Amazônia, vamos precisar ampliar muito essa iniciativa. A gente tem um nível de contaminação dos peixes que a gente não conhece. Essa Rede não é algo para o Ibama montar o seu próprio laboratório, não foi o que desenhamos. Vamos precisar do apoio de todas as instituições sérias, cada uma trabalhando com uma articulação”, declarou o presidente do Ibama.

Para a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, é muito difícil avaliar, hoje, o grau de contaminação das águas na Amazônia. “Hoje não se tem uma real dimensão de quantos são afetados, mas sabemos que muitas comunidades têm diagnosticado a presença de mercúrio no corpo por conta do consumo da água. É importante compartilhar esta responsabilidade com demais instituições. Temos a oportunidade de dar uma resposta para a solução do problema e ao combate da prática do uso de contaminantes”, avaliou Wapichana.

Além do Ibama, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), estão envolvidos na iniciativa o Ministério dos Povos Indígenas e a Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai); o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai); e o Centro de Tecnologia Mineral, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (Cetem/MCTI).

O lançamento significa, na prática, a implementação da primeira etapa do projeto, abrangendo a coleta de amostras em Roraima (RR) e em unidades de conservação próximas a TI Yanomami.

Durante o evento, foi assinado o Termo de Adesão ao Projeto pelas instituições parceiras.

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