O Conselho Municipal de Cultura (Concultura), com o apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e Secretaria de Cultura e Economia Criativa (SEC), reuniu, nesta terça-feira (28/11), no Festival Literário de Manaus (Flim) 2023, escritores amazonenses e de outras regiões, poetas e romancistas, no auditório do teatro Gebes Medeiros, no Ideal Clube, Centro, zona Sul da cidade.
O presidente do Concultura, Neilo Batista, explicou que o Flim cumpre seu papel de fazer o diálogo inter e multicultural, além de promover o debate e o desenvolvimento sobre a literatura. “Temos as presenças de autores, pesquisadores, professores, alunos e leitores que podem desfrutar da mais elevada troca de informações e experiências literárias”, pontuou.
Uma reunião de poetas, romancistas e acadêmicos e suas visões da literatura universal, brasileira e amazônica, a mulher na literatura e a ancestralidade foram temas das palestras e debates no segundo dia do festival.
A programação da manhã iniciou com os escritores amazonenses Auricleia Neves e Gabriel Albuquerque abordando o tema “A Tradição Poética do Amazonas: Autores e Obras Essenciais”; em seguida, as escritoras Iná Isabel Rafael ministraram uma palestra com o tema “A Mulher na Literatura do Amazonas”; e o encerramento ocorreu com o recital dos alunos da escola municipal Ulysses Guimarães, com a obra de Carolina Maria de Jesus, “Quarto do Desejo: o Amargo Amarelo”, e dos alunos da escola municipal Aristides Barreto, com poema da obra de Luiz Bacellar, “Sol de Feira”.
Pela tarde, coube aos autores Zemaria Pinto e Fabrício Magalhães, com a mediação de Saturnino Valladares, a missão de debater sobre “A Tradição Contística e Romanesca no Amazonas”. Na sequência, aconteceu palestras de convidados nacionais, com o linguista e pesquisador Ernani Terra, que falou sobre “O Papel Social do Escritor”, mediado por Cássia Nascimento; e da pesquisadora e escritora indígena Marina Miranda, que comentou sobre “A Literatura e Ancestralidade”, com a mediação de Ana Michele Martins.
O segundo dia encerrou com uma roda de conversa com o escritor decano e integrante do Clube da Madrugada, Elson Farias, Celdo Braga e Aldísio Filgueiras, que discorreram sobre o fazer poético nos ambientes urbanos e no interior amazônico.
No palco, instalado entre a biblioteca e a praça, a programação reuniu os grupos de Poesia Solta na Rua “Slam” e o Clube Literário do Amazonas (Clam), o grupo musical indígena Kurata Ktsuma, o violonista Djedah e apresentações individuais.
Último dia
O segundo Flim, que tem como tema “Literatura da nossa Gente”, reúne, nesta quarta-feira (29/11), no teatro Gebes Medeiros:
11h – “A Literatura Amazônica e os Diálogos com o Oriente”, palestrante Cacio Ferreira e mediação de Auricleia Neves.
14h – “Minha Experiência nos Prêmios Literários Cidade de Manaus”, bate-papo com os escritores Ricarda Lima, Grace Cordeiro, Evandro Brandão, e mediação de Hercilaine Alves.
15h – Mesa temática “Livros que Marcaram Minha Vida”, com os autores convidados Marina Miranda, Antônio Torres e Ernani Terra, e mediação de Zemaria Pinto.
16h30 – Bate-papo com os escritores convidados Márcio Souza, Rita Alencar e Silva e Wilson Nogueira, com mediação de Neiza Teixeira.
19h – No palco acontece o show literomusical, com Lucinha Cabral, Rosivaldo Menestrel e os Metais de Olinda, grupo Samba de Quintal, performances poéticas e artísticas diversas.
Ao todo, a edição de 2023 reúne três palestrantes nacionais, que participam de mesas temáticas, com a participação de 25 convidados locais, totalizando 28 palestrantes. As editoras, sebos e livrarias participam comercializando seus acervos para o público participante.