O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) assinou, nesta quinta-feira (14), um convênio com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) para a elaboração de um diagnóstico do potencial da bioeconomia nos nove estados da Amazônia Legal. A parceria visa identificar informações ligadas à bioindústria com o intuito de viabilizar e promover a estruturação de novos modelos de negócios.
“Essas pautas da sustentabilidade, bioindústria e do social estão ligadas. Envolve resultados para a sociedade. A parceria vai, a partir do diagnóstico, promover o engajamento para trazer desenvolvimento da bioindústria na Amazônia Legal”, avaliou Cecilia Vergara, presidente interina da ABDI.
O diretor-executivo do IPAM, André Guimarães, enfatizou que o combate ao desmatamento é apenas uma face das soluções para a Amazônia e admitiu que o processo de desenvolvimento econômico ficou em segundo plano.
“O Brasil ficou muito tempo virado de costas para a Amazônia. Precisamos desenhar o futuro. Este é o embrião de longa parceria. O esforço contra o desmatamento não vai ser o suficiente se não apresentarmos alternativas para que a Amazônia possa empreender com a floresta em pé”, afirmou.
A diretora de Gestão da ABDI, Perpétua Almeida, considera a parceria estratégica para identificar promover o diagnóstico da agroindústria, alavancar a preservação ambiental e promover o crescimento tecnológico repercutindo em soluções para a população da Amazônia.
“Nós queremos um portfólio da bioindústria do Brasil. Trazer luz para aquilo que está na sombra, vai fazer com que a gente vá enxergando os atores, mulheres, populações tradicionais, ribeirinhos.
“É uma semente estruturante. Uma oportunidade gigantesca para a Amazônia, peça central do Brasil no xadrez climático, seja para soluções ambientais ou para a indústria. Reestruturar as cadeias produtivas torna-se um diferencial do Brasil para além da commodities de pecuária e agricultura”, enfatizou Eugênio Pantoja, diretor de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial do IPAM.
Os resultados do projeto, que tem duração de 24 meses, serão apresentados a ministérios, bancos, fundos internacionais e financiadores.