A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) ameaçou processar Israel se o seu exército matar ou atacar repórteres em Gaza, denunciando a morte de quase 10% dos profissionais na região desde o início da guerra.
Em uma carta aberta ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e ao ministro da Defesa, Yoav Gallant, publicada no sábado (27), a FIJ afirmou que cerca de 10% dos jornalistas que trabalhavam em Gaza foram mortos durante a guerra entre Israel e Hamas.
“A taxa de mortalidade entre os funcionários da imprensa tem sido tamanha – cerca de três vezes a dos profissionais de saúde, por exemplo – que é impossível acreditar que se trata de uma questão de sorte”, afirmou a carta.
Os ataques israelitas na guerra contra o Hamas, provocaram o maior número de profissionais do setor mortos numa guerra: pelo menos 113 jornalistas e trabalhadores dos meios de comunicação social morreram, de acordo com um balanço feito pelo Sindicato dos Jornalistas Palestinos, associado da FIJ.
A carta questiona se Israel tem, até à data, visado deliberadamente os jornalistas em Gaza, tendo em conta que taxa de mortalidade é cerca de três vezes superior à dos profissionais de saúde, afirmou.
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), uma organização sem fins lucrativos que promove a liberdade de imprensa, disse, no domingo (28), que 83 jornalistas e trabalhadores da mídia foram mortos desde o início da guerra, em 7 de outubro.