O Metrópolis exibe nesta sexta-feira (17) uma entrevista inédita com Marília Gabriela e o filho Theodoro Cochrane. Os dois falam sobre a relação entre mãe e filho, envelhecimento, vida profissional e o espetáculo A Última Entrevista de Marília Gabriela. Com Adriana Couto e Cunha Jr., o programa vai ao ar a partir das 19h20, na TV Cultura.
A edição ainda mostra uma reportagem sobre o grupo Corpo de Dança, que se apresentou com a Osesp pela primeira vez e uniu música clássica e muita dança.
Estrelado por Gabi e o filho Theodoro, o espetáculo discute sobre feminismo, conflito de gerações e homofobia. Na entrevista concedida a Cunha Jr., mãe e filho desabafam, honestamente, sobre sua relação familiar. “A gente ficava sete dias por semana, 24 horas por dia, eu jogando coisas na cara dela, sob o véu da depressão, que é muito cruel, e hoje em dia eu peço perdão. Amo muito ela, e ela foi muito forte, segurou uma bucha”, diz Theodoro.
“Envelhecer é uma merda. Uma merda.” Marília diz que, com o passar dos anos, seu senso de humor melhorou, mas por outro lado, ela se queixa de ser invisível. “Você passa a ficar meio transparente, transparente no sentido de invisível para as pessoas quando você envelhece. Não é uma queixa, é uma constatação”, explica.
Sobre sua vida profissional, a apresentadora fala que, após anos, descobriu que sua vida social foi seu trabalho e isso causou uma certa bipolaridade em relação às pessoas.
“’Vamos, não sei onde.’ ‘Ah não, acho que eu vou pra casa.’ E depois quando eu chego em casa, há dias em que eu choro a solidão. Então, essa bipolaridade eu tenho hoje, só que hoje com uma consciência muito clara de que eu me construí para isso que eu vivo hoje. Não reclamo. Eu tenho dias, noites em que eu choro. Choro, suspiro, passo e vamos para a próxima”, ela relata.