Exames de saúde feminina podem ajudar na redução da mortalidade materna

Neste mês, em 28 de maio, o mundo celebra o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Brasil, na mesma data, comemora o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Foto: Reprodução
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Embora o mundo tenha avançado com uma série de ferramentas para monitorar a saúde da mulher e do bebê durante uma gestação, ainda é alto o índice de mulheres que perdem a vida durante a gravidez ou até 42 dias após o parto. Dados preliminares do Ministério da Saúde (MS) apontam que houve 62,6 mil mortes deste tipo em 2023. O número revela uma queda de 12% na comparação com 2020.

 

Neste mês, em 28 de maio, o mundo celebra o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Brasil, na mesma data, comemora o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. Ambas as campanhas visam reforçar a importância do acompanhamento durante a gravidez e a realização dos exames indicados pelo médico.

 

“Entre os exames recomendados, os de análises clínicas têm uma contribuição muito importante no acompanhamento pré-natal. Os testes indicados para o período de gravidez são fundamentais para a prevenção e, quando for o caso, na detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos à gestante”, afirma a bioquímica e coordenadora técnica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Luciana Figueira.

 

O relatório Tendências da Mortalidade Materna 2000-2020, das Nações Unidas, destacou que o óbito durante a gestação está, principalmente, relacionado a condições de saúde como hipertensão, infecções relacionadas à gravidez, hemorragia e quadros pré-existentes agravados durante a gestação, como HIV e malária, doenças evitáveis ou cujo agravamento por ser tratado com acompanhamento médico.

 

 

 

Gestantes

 

Segundo Luciana Figueira, alguns exames indicados durante a gravidez são o hemograma, a glicemia em jejum, rotina de urina e urocultura, dosagem hormonal (TSH e T4 livre), sorologia para sífilis, HIV, rubéola, hepatites B e C, dentre outros.

 

“O hemograma é importante para acompanhar a hemoglobina e as células de defesa do organismo. Já a glicemia em jejum avalia se a paciente está com diabetes. O exame de urina vai determinar se há alguma infecção urinária que, se não for tratada, pode induzir um parto prematuro”, destaca.

 

A dosagem hormonal, incluindo o TSH (hormônio estimulante da tireoide) e o T4 livre (tiroxina livre), é essencial para verificar como anda o metabolismo da paciente. Já a sorologia para sífilis, HIV, rubéola, hepatites B e C avalia se a paciente possui alguma dessas infecções, o que permite o tratamento durante a gravidez.

 

Sobre o diagnóstico para diabetes gestacional, a coordenadora técnica do Sabin destaca que, além da glicemia em jejum, pode ser indicado o exame de curva glicêmica (teste oral), considerado padrão ouro para a condição. “O diagnóstico é importante, pois a hiperglicemia pode causar uma série de consequências durante a gestação, como parto prematuro e aumento na possibilidade de mortalidade materna”, destaca a profissional.

 

 

 

Bebê

 

Durante a gestação, a atenção ao bebê também é primordial para o sucesso desta fase. Por isso, há exames específicos para avaliar a saúde do feto, permitindo o diagnóstico precoce de condições que podem ser tratadas ainda na gravidez ou após o parto.

 

Ela destaca ainda a existência do Teste Pré-Natal Não Invasivo (NIPT), realizado a partir da 10ª semana de gestação. “É um método usado para determinar o risco de o feto nascer com certas anomalias cromossômicas, como trissomia 21 (Síndrome de Down), trissomia 18 (Síndrome de Edwards) e trissomia 13 (Síndrome de Patau). Esse teste analisa pequenos fragmentos de DNA que circulam no sangue de uma gestante”, explica.

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