De 05 a 07 de junho, o Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) oferece uma programação diversificada na Semana do Meio Ambiente 2024. Serão realizadas cerca de 30 atividades no parque verde urbano, como ações educativas com foco na Amazônia, como exposições, oficinas interativas, ações de reciclagem e visitas monitoradas. Veja aqui a programação.
Para a Semana, o Bosque adotou o mesmo tema escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), que é “Restauração da terra, resiliência à desertificação e à seca”. A programação acontecerá das 9h às 11h30 e das 14h às 16h30. É gratuita e aberta a todos, basta apenas agendar a entrada no Bosque pelo site https://bosquedacienciaam.
Dia D – Concentração de atividades
A abertura do evento acontecerá na quarta-feira (05), às 10h, na ilha da Tanimbuca do Bosque da Ciência, e contará com a participação do diretor do Inpa, o professor Henrique Pereira. Na cerimônia será lançado o novo mascote do Bosque, o “Bosquinho”, que terá um papel lúdico e interativo com os visitantes. No passado, o mascote era o “Folhinha”. A quarta também será o “dia D” da programação, quando há um uma maior concentração de atividades.
Laboratórios e projetos do Inpa mostrarão suas principais produções científicas através de exposições em tendas nas trilhas do Bosque. Os temas abordados incluem a biodiversidade amazônica com as exposições “Mundo dos Insetos”(Projeto de Popularização da Ciência Coleção Zoológica de Invertebrados do Inpa), Oficina das Aranhas Caranguejeiras (Laboratório Invertebrados terrestres), “Quelônios da Amazônia” (Centro de Quelônios da Amazônia- Cequa), “Insetos Aquáticos” (Laboratório de Citotaxonomia e Insetos Aquáticos- Lacia), “Vida de Gavião Real” (Projeto Harpia) e “Mamíferos Aquáticos” (Laboratório de Mamíferos Aquáticos/LMA e Associação Amigos do Peixe-boi/Ampa).
Além de muitas atividades voltadas para a criançada, a programação contará com conteúdos de interesse dos jovens e adultos, como a exposição “Meliponicultura e Etnobiologia” do Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA), que trará sua experiência com criação de abelhas-sem-ferrão. Outro assunto é o “Controle Biológico de Doenças Tropicais”, que será exposto pelo Laboratório de Pesquisas sobre Malária e Dengue.
O tema das mudanças climáticas estará presente em um terço das exposições. O Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea) abordará o assunto através dos jogos: – Ecoethos da Amazônia, Jogo das ações humanas e a mudança climática e o Quiz Boas Práticas para baixas emissões de Gases de Efeito Estufa. Já o Laboratório de Ecologia e Evolução de Vertebrados (Leevi) mostrará como as mudanças climáticas impactam os animais e a biodiversidade através da “Oficina de Herpetologia” com exposição de Anfíbios e Répteis de sua coleção didática, o “Jogo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)” e a dinâmica “Desafio dos Quelônios Amazônicos”.
Já o Grupo de Pesquisa em Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (Maua) trará curiosidades dos estudos sobre essas áreas que compõem o bioma amazônico e sofrem influência direta do regime hidrológico.
O projeto de longa duração Observatório da Torre Alta da Amazônia (Atto) trará a importância da Amazônia para o clima mundial. O Atto coleta dados meteorológicos, químicos e biológicos, como a concentração de gases de efeito estufa, para entender como a Amazônia interage com a atmosfera acima e o solo abaixo. O público poderá compreender como estudar esses processos complexos é essencial para previsões climáticas mais precisas.
Para fechar a programação do Dia D, o Comando Militar da Amazônia (CMA) participará como convidado do Inpa, trazendo exposições sobre a atuação do Comando e do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) na Amazônia.
PCE – 06 e 07/06 – Preservação, Reciclagem e Recursos Hídricos
O Programa Ciência na Escola (PCE) do Bosque da Ciência participará do dia D e vai liderar as atividades da programação dos dois dias seguintes: quinta e sexta-feira (06 e 07). Pela experiência de visitação e de vivências dos alunos no Bosque, o PCE busca fortalecer o ensino de ciências e estimular o interesse do estudante na conservação do meio ambiente e na importância da ciência para a vida.
Três das atividades educativas do PCE terão como tema a “água”. Será apresentado o purificador de água à base de energia solar, o Ecolágua. A tecnologia desenvolvida pelo Inpa e disponível para comercialização é capaz de purificar a água de rios e lagos de germes, como as bactérias, sendo útil para evitar doenças de veiculação hídrica, principalmente para populações de localidades remotas da Amazônia.
Nessas atividades será abordado o risco de uma nova seca nos rios da Amazônia. Em 2023, dois fenômenos climáticos simultâneos agravaram e prolongaram o período seco: o El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, e o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador que inibe a formação de nuvens. A seca histórica do ano passado na Amazônia provocou impactos no mundo natural e na vida das pessoas, como a geração de energia, navegabilidade e acesso à educação e saúde.
O PCE também trará a importância da fauna para a vida da floresta com a atividade Primate Watching – Observação de primatas no Bosque da Ciência. Já a temática da proteção das árvores será tratada na atividade sobre agrofloresta sucessional “Agricultura sintrópica de Ernst Götsch- exemplo inspirador” e na oficina “Reciclagem de papel”, na exposição de telas feitas com madeira reaproveitada e pinturas com temática ambiental. As últimas ações serão desenvolvidas pelo Laboratórios de Celulose e Papel/Carvão Vegetal e de Anatomia e Identificação de Madeira.