Às margens do Rio Negro e envolto de belezas naturais e luxo, o Hotel Tropical, em Manaus, deve ter em 11 de fevereiro o capítulo mais importante de uma história com mais de quatro décadas. Fechado desde maio em razão de dívidas que ultrapassam os R$ 20 milhões, o espaço – que já recebeu reis, príncipes, presidentes e artistas consagrados no meio da Amazônia – vai à leilão e tem destino incerto.
Com o bloqueio e queda na arrecadação por causa da crise econômica, veio à tona uma dívida de R$ 20 milhões do hotel com a concessionária de energia elétrica. Foram três cortes entre 2018 e maio do ano passado, com religações por liminar judicial. O não pagamento de um valor com desconto de 60%, definido após negociação entre as partes, tirou de vez a energia do Tropical, que ainda operou um mês com gerador, mas fechou as portas logo em seguida.
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“Só percebemos que a situação do hotel estava degringolando quando cortaram a luz”, lembra o exassessor de imprensa do hotel, Paulo Roberto, um dos últimos funcionários a abandonarem o trabalho resort. “Tínhamos a questão econômica do Brasil, que está complicada. Mas o hotel, dentro do mercado atual, ainda tinha uma boa carteira de eventos que sustentava e pagava parte das contas”, destacou.
O fechamento causou demissões em massa e escancarou os débitos trabalhistas do empreendimento, que pode ultrapassar R$ 20 milhões, segundo o Sindicato dos Empregados do Comércio Hotelerio do Amazonas. Conforme o advogado e administrador da massa falida, Pedro Cardoso dos Santos, o valor está em apuração.
O resort, que chegou a empregar mais de mil pessoas, decretou falência com cerca de 100 funcionários, dispensados em seguida.
Fonte: Estadão Conteúdo